Legislação sindical e trabalhista: Marinho defende imediata reforma sindical

O presidente do Sindicato, Luiz Marinho (foto), acredita que uma ampla reforma sindical é a precondição para o debate em torno da modernização das leis trabalhistas. “Com sindicatos representativos, capazes de conduzir acordos coletivos, definir jornadas, remunerações e defender os direitos de trabalhadores, as negociações fluirão por si só e aos poucos substituirão as leis mais rígidas”.

Marinho participou ontem do Fórum Internacional sobre Flexibili-zação no Direito do Trabalho, realizado pelo Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília (leia também a coluna Confira Seus Direitos, na página 3). Para ele, o movimento sindical fragilizado e com baixa represen-tatividade, como o que existe hoje no Brasil, inviabiliza qualquer debate que envolva interesses dos trabalhadores. “Só a partir da autonomia sindical será possível mudar a negociação coletiva e ainda tornar possível para o trabalhador escolher qual sindicato deve representá-lo”, afirmou.

Representação – Ele acredita que uma das saídas para que as entidades ganharem maior representatividade é a extinção da cobrança do imposto sindical, a exemplo do que faz o Sindicato.

Marinho afirmou ainda que, hoje, a minoria dos sindicatos defende bem os interesses dos trabalhadores e nem todas as centrais sindicais brasileiras possuem representatividade.

Segundo o dirigente, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) representa 66% dos trabalhadores e a Força Sindical, 19%. O restante é distribuído em outras cinco centrais sindicais.

“Onde está a representatividade? Não existe. Tem que haver um novo modelo, para que consigamos pôr um fim nesse contra-senso”, finalizou.