Lei da Anistia completa 40 anos com ato em Brasília
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No mesmo dia em que a Lei da Anistia completa 40 anos, a AMA-A ABC (Associação dos Metalúrgicos Anistiados e Anistiandos do ABC) marcou ontem seus 20 anos de atuação na luta por justiça, memória, verdade e reparação.
Diversas entidades do Estado de São Paulo e do Brasil participaram da atividade de rememoração “Anistia, amarga espera, 40 anos”, nos dias 26 e 27, em Brasília. O presidente da AMA-A ABC, João Paulo de Oliveira, explicou que as entidades denunciaram a política do atual governo e os ataques aos anistiados, anistiandos e aos direitos humanos.
“Reforçamos as denúncias de descaso e ataques desse governo, que chama de bandido e terrorista quem sempre lutou por democracia e por direitos. Os jovens de 64 continuam vivos na luta pela democracia e na garantia por direitos”, afirmou.
“Não temos nada a comemorar, mas sim rememorar para que não se esqueça, para que não mais aconteça. Esse governo nega que houve tortura, perseguição e ditadura militar, depois diz que o grande erro foi torturar e não matar. É uma contradição atrás da outra”, criticou.
A defesa das entidades é para que os direitos humanos sejam respeitados, na luta pela manutenção e ampliação das conquistas, por reconhecimento da verdade, memória, justiça e reparação.
“Muitos foram perseguidos, banidos, exilados, torturados e muitas famílias até hoje não conseguiram achar o corpo de seus filhos para ser enterrados. Fizemos ainda a defesa da Comissão Nacional da Verdade, que o governo quer acabar, até que saibamos o paradeiro do último corpo. Também fizemos a defesa da conclusão do Memorial da Anistia, que fica em Belo Horizonte, já que esse governo quer fazer alteração no projeto”, concluiu.