Lei de Cotas ainda é pouco aplicada

Norma que regula contratação de pessoas com deficiência não é seguida 18 anos após sua criação.

Lei de Cotas faz 18 anos sem amadurecer


Viviane foi uma das contratadas pela Uniforja

A Lei de Cotas alcançou a maioridade em julho mas, infelizmente, ainda falta muito para atingir a maturidade. Só depois que um decreto instituiu a fiscalização do Ministério do Trabalho, há nove anos, começou a crescer o número de trabalhadores com deficiência empregados.
“Faltam ferramentas para obrigar as empresas a cumprirem a lei de cotas”, protesta o coordenador da Comissão dos Metalúrgicos com Deficiência, Sérgio de Lima Pereira.
A lei determina que as empresas com 100 funcionários ou mais preencham de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados do INSS ou pessoas com deficiência.
Em julho, a Uniforja, em Diadema, contratou três pessoas com deficiência para cumprir sua cota. Uma delas foi Viviane de Souza Andrade, de 23 anos, que tem desvio na articulação das mãos.
“A lei é muito benéfica. Sem ela, muitas pessoas não teriam oportunidade devido ao preconceito que ainda estraga a cabeça de muita gente”, diz Viviane.