Licença maternidade é ampliada para 180 dias na IGP
Empresa em Diadema é mais uma a aderir a campanha "Da licença, queremos 180"
Raquel Camargo
Empresa é a sétima na base a assinar acordo de 180 dias de licença
A licença maternidade de 180 dias está se expandindo na categoria. As trabalhadoras na IGP, autopeças de Diadema, são as mais recentes beneficiadas pela ampliação da licença de quatro para seis meses. O acordo, sétimo na base, foi assinado na semana passada.
“A conquista é importante para a mulher e para o desenvolvimento da criança”, destacou Simone Vieira, da Comissão de Mulheres Metalúrgicas. “Não são apenas mais dois meses de aleitamento, mas dois meses a mais de convívio com a mãe”, completou.
Contratações
O fato de a maior parte dos trabalhadores na IGP ser do sexo masculino aumenta o simbolismo da conquista. “Ela é importante porque cumprimos uma determinação do 2º Congresso da Mulher Metalúrgica, que aprovou estender os 180 dias à toda a base, nem que exista apenas uma companheira na fábrica”, afirmou Antonio Claudiano da Silva, o Da Lua, coordenador do CSE.
Outro destaque do acordo, segundo ele, é que a contratação de mulheres entrou na pauta de reivindicações do Comitê. “A produção está crescendo e acreditamos que a IGP terá de contratar em breve”, disse Da Lua.
Em sete fábricas seis meses já é realidade
A IGP é a sétima empresa da base a aderir à campanha Da licença, queremos 180, lançada pelo Sindicato durante o 2º Congresso da Mulher Metalúrgica, realizado em março.
As outras são Kostal, Uniforja, Toledo, SMS, Itaesbra e Rolls-Royce.
Fábricas têm que aderir
A Constituição de 1988 estabelece 120 dias de licença-maternidade. No início deste ano começou a valer lei federal que a amplia a licença para 180 dias, desde que a empresa faça adesão ao programa Empresa Cidadã.
Com isso, a mulher mantém seu salário integral e a empresa deduz o valor do imposto de renda.