Líder do MST é assassinado no Rio de Janeiro

O trabalhador rural e militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Cícero Guedes (foto) foi assassinado na última sexta-feira (25), nas proximidades da Usina Cambahyba, em Campos dos Goytacazes (RJ).

Cícero foi baleado com 12 tiros na cabeça quando saía do assentamento Oziel Alves e seguia por uma estrada vicinal de bicicleta para o acampamento da usina, onde vivem cerca de 200 famílias rurais desde novembro do ano passado.

Nascido em Alagoas, ele foi cortador de cana e coordenava a ocupação do MST na usina, que é um complexo de sete fazendas em um total de 3.500 hectares.

Cícero Guedes era assentado, desde 2002, no Sítio Brava Gente, no norte do Rio de Janeiro, no assentamento Zumbi dos Palmares, mas continuava na luta pela Reforma Agrária.

Era uma referência na construção do conhecimento agroecológico tanto entre os companheiros de Movimento como também entre estudantes e professores da Universidade do Norte Fluminense.

Justiça
Lideranças do MST acompanham as investigações e exigem que os culpados sejam identificados, julgados, condenados e presos.

Segundo o coordenador regional do Movimento, Hermes Oliveira, a valorização das terras intensificou a disputa na região.

“Queremos fazer reforma agrária e justiça social e disputamos com aqueles que têm interesses especulativos sobre a terra”, afirmou.

Para o coordenador do MST faltam políticas de desenvolvimento nos assentamentos, com escolas, postos de saúde entre outros equipamentos públicos de promoção da cidadania.

Da Redação