Linha de R$ 4 bilhões para financiar carros novos é estendida a usados, informa Nossa Caixa
A medida aquece o mercado, o que deve repercutir também na venda de veículos zero quilômetro
O presidente da Nossa Caixa, Milton Santos, afirmou nesta sexta-feira (13) que a linha de R$ 4 bilhões liberada em novembro do ano passado para financiar carros novos será estendida para veículos usados. Segundo ele, o acordo foi fechado com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e já está em vigor.
Até agora, por falta de demanda, apenas R$ 270 milhões dos R$ 4 bilhões foram liberados, segundo Santos. “Ampliamos o escopo. Para vender carro novo é preciso fazer girar o mercado de usados”, disse. De acordo com ele, o fato de o mercado de carros usados ter retraído muito, a troca do antigo pelo novo também foi prejudicada.
A linha, apesar de ser liberada pela instituição de São Paulo, vale para os bancos e financeiras ligadas às montadoras de veículos em todo o País. Os financiamentos oferecidos são tomados direta e individualmente pelas instituições, com juros negociados caso a caso.
A Nossa Caixa, vendida ao Banco do Brasil, será incorporada no 10 de março, quando o BB paga a primeira parcela e assume o controle do banco.
A decisão da Nossa Caixa está em linha com a aprovação de liberar uma linha de crédito com dinheiro do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) de R$ 200 milhões para o setor de revenda de carros usados. O crédito, porém, estará atrelado à manutenção de vagas. A proposta foi aprovada pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador).
ICMS
Milton Santos disse ainda que o banco oferece linha de crédito de R$ 700 milhões para o pagamento da segunda parcela do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do Estado.
“A segunda parcela vence em 20 de fevereiro, e as empresas poderão contratar empréstimo para pagar o tributo, que será atrasado em 15 meses, três de carência mais 12 para pagar”, disse.
Segundo Santos, a linha permanecerá aberta depois de fevereiro para emprestar para o capital de giro das empresas.
Da Folha Online