Livro ´A Privataria Tucana´ em debate no Sindicato dos Bancários

Site da Rede Brasil Atual transmite o evento ao vivo na internet, a partir das 19h

O livro Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que descreve os prejuízos causados ao Brasil pelas privatizações feitas durante a era FHC e que teve sua primeira edição, de 15 mil exemplares, esgotada em um dia, será relançado na nesta quarta-feira (21), às 19h, no Auditório Azul do Sindicato dos Bancários de São Paulo (Rua São Bento, 413, Centro). 

O evento será transmitido ao vivo pelo site da Rede Brasil Atual a partir das 19h neste link: http://ow.ly/86Pl8

Será realizado um debate sobre o livro, em parceria com o Centro de Estudos Barão de Itararé, aberto ao público e com a participação, além de Amaury Ribeiro Jr., de Protógenes Queiróz, delegado da Polícia Federal responsável pela operação Satiagraha, deputado federal pelo PCdoB e autor do pedido de CPI da Privataria, e Paulo Henrique Amorim, jornalista e blogueiro do Conversa Afiada.

A Privataria Tucana está causando furor pela quantidade de informações e documentos que apresenta, provando que as privatizações realizadas nos oito anos da gestão de Fernando Henrique Cardoso representaram, na verdade, um rombo nas contas do país.

O livro também assinala o envolvimento de figuras importantes do governo como José Serra e o ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira, na “lavanderia” das propinas pagas por essas empresas com o objetivo sairem vencedoras nos leilões de privatização.

Paraísos fiscais
O livro de 343 páginas apresenta documentos inéditos de lavagem de dinheiro e pagamento de propina, todos recolhidos em fontes públicas, entre elas os arquivos da CPI do Banestado. José Serra é o personagem central dessa história. Amigos e parentes do ex-governador paulista operaram um complexo sistema de “maracutaias” financeiras que prosperou no auge do processo de privatização.

Ribeiro Jr. elenca uma série de personagens envolvidas com a “privataria” dos anos 1990, todos ligados a Serra, inclusive a filha, Verônica Serra, o genro, Alexandre Bourgeois, e um sócio e marido de uma prima, Gregório Marín Preciado, além do ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, o economista Ricardo Sérgio de Oliveira. Ex-tesoureiro de Serra e FHC, “é o cérebro da complexa engenharia de contas, doleiros e offshores criadas em paraísos fiscais para esconder os recursos desviados da privatização”, conforme relata a revista Carta Capital..

O livro traz, por exemplo, documentos nunca antes revelados que provam depósitos de uma empresa de Carlos Jereissati, participante do consórcio que arrematou a Tele Norte Leste, antiga Telemar, hoje OI, na conta de uma companhia de Oliveira nas Ilhas Virgens Britânicas. Também revela que Preciado movimentou 2,5 bilhões de dólares por meio de outra conta do mesmo Oliveira. Segundo o livro, o ex-tesoureiro de Serra tirou ou internou  no Brasil, em seu nome, cerca de 20 milhões de dólares em três anos.

Com informações do Sindicato dos Jornalistas de SP, Sindicato dos Bancários de SP e Rede Brasil Atual