Lucro do Itaú sobe 35,3% e do Santander Brasil sobe 7,9% no 3º trimestre

Com aumento de margem e diminuição da inadimplência, o Itaú Unibanco teve lucro líquido de R$ 5,404 bilhões entre julho e setembro deste ano, valor 35,3% superior ao registrado no mesmo período de 2013. Em relação ao trimestre anterior, o avanço foi de 10,3%.

Em base recorrente, que exclui ganhos e perdas extraordinários, o lucro do maior banco privado do Brasil foi de R$ 5,457 bilhões no terceiro trimestre de 2014, 35,7% maior em relação ao valor registrado entre julho e setembro do ano passado.

Entre os eventos extraordinários do trimestre, o banco provisionou R$ 15 milhões para perdas decorrentes de planos econômicos que vigoraram durante a década de 1980. Também entraram na conta R$ 38 milhões referentes à amortização do ágio gerado pela compra da Credicard, em dezembro do ano passado.

A melhora da margem financeira no trimestre colaborou para o desempenho maior do lucro. A margem financeira gerencial, que leva em conta operações com clientes e com o mercado (tesouraria), ficou em R$ 14,369 bilhões, 21,4% superior ao valor visto no terceiro trimestre de 2013. Em relação ao trimestre anterior, houve alta de 5,7%.

O Itaú Unibanco obteve melhora no índice que mede como os bancos remuneram o capital de seus acionistas -a rentabilidade sobre o patrimônio líquido. O indicador ficou em 24,7% no trimestre, em base recorrente. Um ano antes era de 20,9% e, entre abril e junho deste ano, de 23,7%.

Santander Brasil

Mesmo com queda de margem, o lucro líquido contábil do Santander Brasil aumentou 7,9% no terceiro trimestre de 2014, na comparação com o mesmo período do ano passado, somando R$ 536,829 milhões.

Em base recorrente, que exclui ganhos e perdas extraordinários, o lucro do maior banco estrangeiro no Brasil foi de R$ 1,464 bilhão entre julho e setembro, 4,1% maior em relação ao valor visto um ano antes.

A margem financeira bruta do banco atingiu R$ 6,980 bilhões, 7,2% menor que o valor visto um ano antes, mas 4,4% superior ao segundo trimestre de 2014.

Segundo a instituição, a queda na margem deve-se a menores receitas das operações de crédito, refletindo “a redução do spread médio da carteira, que está associada, principalmente, à mudança de mix, na qual a participação dos produtos de menores spreads/riscos vem mostrando crescimento no portfólio de crédito.”

O Santander elevou seus financiamentos em 7,5% em 12 meses. Com isso, a carteira de crédito ampliada do Santander, incluindo outras operações com risco de crédito, avais e fianças, chegou a R$ 293,138 bilhões. Sobre o trimestre anterior, houve alta de 4,8%.

O crédito à pessoa física totalizou R$ 76,683 bilhões no final de setembro, 4,2% acima da cifra vista em igual período de 2013 e 1,3% maior na comparação com o segundo trimestre deste ano. O avanço em 12 meses foi estimulado pelos segmentos de crédito imobiliário (R$ 19,457 bilhões) e cartões (R$ 16,854 bilhões).

Da Folha de S. Paulo