Lula ataca precarização em ato da CUT em São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o Projeto de Lei 4.330, sobre terceirização, e atacou a tentativa de redução da maioridade penal, durante ato político do 1º de Maio da CUT, CTB, Intersindical e movimentos populares, no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo.

“Esse projeto está no Congresso há 11 anos. O que é interessante é que nestes 11 anos ele não tinha andado e agora foi aprovada quase em tempo recorde”, disse.

Lula citou o estudo do Dieese, encomendado pela CUT, que comprova que o trabalhador terceirizado tem maior jornada, menor remuneração e sofre mais acidentes de trabalho.

Sobre a maioridade, o ex-presidente afirmou que uma parte da elite acha que vai resolver os problemas do Brasil mandando para a cadeia moleques de 15, 16 anos.

“Nós estaremos cometendo um crime contra o futuro deste País”, alertou o ex-presidente sobre a proposta de redução da maioridade penal.

Lula reagiu às reportagens e chamou as revistas semanais brasileiras, que publicaram essas matérias, de ‘lixo’ e de­clarou que não vai abaixar ‘a crista’ para insinuações.

“Estou quieto no meu can­to, mas não me chamem para a briga, que eu sou bom de briga e volto para a briga”, enfatizou.

“Não tenho intenção de ser candidato a nada, mas te­nho vontade de brigar. Aos meus detratores, agora vou começar a andar pelo País novamente. Vou conversar com os trabalhadores, os de­sempregados, os camponeses, os empresários. Vou começar a desafiar aqueles que não se conformam com o resultado das eleições”, completou Lula.

Sobre as tentativas da opo­sição de pedir impeachment de Dilma Rousseff, Lula disse que é um ato não apenas con­tra ela, mas contra milhões de trabalhadores, e ratificou sua confiança na democracia.

Dilma critica terceirização da atividade-fim

Em pronunciamento gravado para as redes sociais, no Dia do Trabalhador, a presidenta Dilma Rousseff falou sobre valorização do salário mínimo, a ameaça aos direitos com o projeto de terceirização e a criação do fórum de debates com representantes de trabalhadores, de empresários e do governo.

“A política de valorização do salário mínimo garantiu o aumento de 14,8% acima da inflação para mais de 45 milhões de brasileiros”, disse.

Dilma destacou a importância de regulamentar os trabalhadores terceirizados, mas com garantia de direitos.

“A regulamentação do trabalho terceirizado tem que manter a diferenciação entre a atividade-fim e atividade-meio nos vários setores produtivos”, defendeu.

A presidenta citou a criação do Fórum de Políticas de Debates sobre Emprego, Trabalho, Renda e Previdência Social, para fortalecer o emprego, diminuir a rotatividade, aumentar a formalidade e para o fator previdenciário. Acesse a íntegra em https://goo.gl/j4Mjxa.

Da Redação