Lula bate Alckmin no primeiro turno

Pesquisa Ibope divulgada ontem dá 43% para Lula e 19% para o tucano. Em seu mandato, Alckmin promoveu o desmonte do Estado e acobertou escândalos e desvios.

Um dia após o PSDB ter definido o Alckmin como seu candidato, uma pesquisa do Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou ontem uma folgada vantagem do presidente Lula nas eleições de outubro.

No primeiro turno, Lula tem hoje 43% das intenções de voto, enquanto o tucano aparece com 19%. Neste cenário, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PMDB) tem 14%, e a senadora Heloisa Helena (PSOL), 5%. Os votos brancos e nulos somam 11%, e os indecisos, 8%.

Com a margem de erro da pesquisa de 2,2% pontos percentuais para cima ou para baixo, os resultados indicam que Lula teria chances de vencer a eleição já no primeiro turno.

Segundo a pesquisa, num segundo turno contra Alckmin, Lula venceria com folga: 49% a 31%.

Já se o candidato tucano fosse Serra Lula teria 44% dos votos contra 40%.

A pesquisa, realizada entre os dias 8 e 11 de março, foi feita antes da definição de Alckmin como candidato do PSDB. Foram ouvidos 2.002 pessoas em 143 municípios.

Tucanagem paulistana: Desmonte do Estado prejudica população

Geraldo Alckmin, indicado para ser o candidato a presidente pelo PSDB, sai do governo estadual deixando um rastro de privatizações suspeitas e contratos desvantajosos, aditamentos milionários em obras superfaturadas e abandono da educação e saúde.

Com as privatizações e o fim das principais fontes de renda, o governo murchou o Estado. O modelo neoliberal fez São Paulo perder destaque na economia nacional. Este é o projeto dos tucanos para o Brasil, como mostrou FHC.

Graças às manipulações da grande imprensa, a imagem de Alckmin ainda fica descolada da falta de projetos, da máquina parada, do caos na saúde e educação ou das rebeliões e matança nos presídios. Ao contrário, a campanha pró Alckmin começou com força total e de forma descarada.

Autoritarismo facilita maracutaias

Já somam 65 os pedidos de CPIs encalhados na Asssembléia, que querem apurar denúncias como:

Aditamentos milionários nas obras do Rodoanel.

Irregularidades nos contratos de rebaixamento da calha do Rio Tietê, que já consumiu valores superiores a  R$ 1 bilhão.
Apresentada como a obra do século, construída para conter as enchentes por cem anos, não resistiu à primeira chuva acima da média.

Contratos irregulares realizados pelo CDHU, com supervalorização dos preços de construção das casas.

Sujeira debaixo do tapete

Durante a gestão tucana entre 1997 a 2004, o Tribunal de Contas do Estado julgou irregulares 974 contratos feitos pelo governo tucano, que foram arquivados pela bancada governista na Assembléia.

Um saco de promessas não cumpridas:

Metrô – construiu 2,5 quilômetros dos 18 quilômetros prometidos.

Presídios – abriu 3 mil vagas das 13 mil prometidas, transformando as cadeias do Estado em novos Carandirus.

Saúde – Nos dois últimos anos, investiu menos que os 12%  previstos na Constituição.

Educação – Falta de projetos e investimentos fazem com que 70% dos alunos do ensino médio estadual apresentem baixo desempenho.