Lula contrata mais servidores para educação e segurança
De 2003 a 2008, a política de recomposição da força de trabalho priorizou áreas estratégicas para o atendimento à população, saldo de 57 mil ingressos no serviço público
As áreas de educação, segurança pública e fiscalização são prioridade nas contratações do governo federal. Durante a gestão do presidente Lula, a política de recomposição da força de trabalho priorizou áreas estratégicas para o atendimento à população. De 2003 a 2008, houve um saldo de 57 mil ingressos no serviço público. Desse total, 29 mil vagas foram destinadas à área de Educação, sendo 14 mil postos para professores.
Os dados são de um estudo Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, a partir de levantamento dos concursos autorizados desde 2003. A administração pública federal conta hoje com 542.843 servidores civis ativos, posição de maio de 2009, em comparação a 485.741, em janeiro de 2003. O documento complementa o estudo “O mito do inchaço da Força de Trabalho do Executivo Federal”, divulgado pelo Ministério Planejamento no início do ano.
No período 2003-2009 foram autorizadas 160,7 mil vagas para a realização de concurso público. Segundo a Secretaria de Gestão, o crescimento nos quadros da administração federal, de 57.102 novos servidores, decorreu de aposentadorias, falecimentos e outras exclusões. Outro motivo foi a rotatividade de aprovados em mais de um concurso que se transferem de carreiras consideradas pouco atrativas para outras.
A política de concursos para fortalecer a capacidade dos órgãos, no caso do setorial Educação, visou especialmente a fortalecer as Instituições Federais de Ensino (IFES) e os Institutos Federais de Educação Tecnológica (Ifets). A medida, evidenciada na criação do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), representou o reforço de 29.226 novos servidores, dos quais 14 mil professores.
Para a deputada Fátima Bezerra (PT-RN), integrante da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, o objetivo das contratações é assegurar cidadania. “Essas vagas são importantíssimas para garantir educação de boa qualidade para milhares de jovens pelo Brasil afora. Essas vagas servem para colocar as novas escolas técnicas e as novas universidades em funcionamento. Isso é cidadania. Não estamos inchando a máquina pública.
Estamos recuperando a capacidade do Estado brasileiro de prestar bons serviços à população. Como botar escolas técnicas e universidades para funcionar sem servidores e sem professores?”, indaga a parlamentar.
Na área da Justiça, o acréscimo líquido de servidores é de 7,6 mil. O percentual de crescimento de 37% beneficia especialmente as atividades da segurança pública. Em razão dos concursos, a Polícia Federal ampliou sua presença no país, com o adicional de 3.631 servidores. O levantamento também revela que houve um aumento líquido de 1.889 Policiais Rodoviários Federais.
Para o deputado Vignatti (PT-SC), presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, o governo Lula prepara o Estado brasileiro para prestar um bom serviço à população. “Há uma necessidade maior de servidores para dar conta das ações do Estado. Historicamente, o Brasil não se preparou para atender bem ao cidadão. A gente sempre teve muita reclamação do atendimento prestado pelo setor público. As reclamações só acabam quando o Estado começa a se modernizar. Não tem como agilizar a aposentadorias, por exemplo, se não houver um bom sistema e servidores suficientes”,
Do Informes PT