Lula critica medidas protecionistas e defende liberdade de comércio
"O Brasil tem uma tese: quanto mais protecionismo, menos chance nós temos de resolver o problema da crise. O que precisamos é, em um processo de convencimento, fazer as pessoas entenderem que muita liberdade para o comércio é a chance que nós temos"
Ao chegar a Buenos Aires, na Argentina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as medidas protecionistas e defendeu liberdade de comércio para enfrentar a crise financeira internacional. Em visita oficial ao país, Lula se reúne com a presidente Cristina Kirchner. A diplomacia dos dois países discute uma lista de 20 itens que tratam da integração bilateral.
Quando chegou ao hotel próximo à Embaixada do Brasil na quarta-feira (22), o presidente disse que as medidas que dificultam a entrada de produtos brasileiros no mercado argentino não preocupam porque é normal que, em tempo de crise, as pessoas queiram se proteger.
“O Brasil tem uma tese: quanto mais protecionismo, menos chance nós temos de resolver o problema da crise. O que precisamos é, em um processo de convencimento, fazer as pessoas entenderem que muita liberdade para o comércio é a chance que nós temos”, disse Lula.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que acompanha a comitiva, comentou a previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que aponta que a economia brasileira deve sofrer etração de 1,3% neste ano.
“O Brasil tem reagido bem à crise. Houve recuperação da indústria automobilística e [esta retomada] deve ser seguida por outras áreas da produção industrial”, afirmou.
Enquanto os presidentes Lula e Cristina Kirchner conversam reservadamente na manhã desta quinta-feira, os vice-chanceleres dos dois países participam da terceira reunião do grupo Mecanismo de Integração e Coordenação Bilateral Brasil-Argentina. Na pauta estão 20 itens de discussão, entre eles o sistema de pagamento do comércio bilateral em modas locais, cooperação entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco de La Nación, TV digital e indústria naval.
Da Agência Brasil