Lula defende redução da burocracia para crédito voltar à normalidade
O presidente avaliou que as novas ações de estímulo ao crédito e aos investimentos - tomadas na semana passada - deverão amenizar os efeitos da crise internacional
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (26) que é preciso diminuir a burocracia do governo e dos bancos públicos para que o crédito brasileiro “volte à normalidade”. Em seu programa semanal Café com o Presidente, ele avaliou que as novas ações de estímulo ao crédito e aos investimentos – tomadas na semana passada – deverão amenizar os efeitos da crise internacional.
“Acredito que vamos evitar que a crise tenha maior gravidade no Brasil. Estamos reforçando o caixa do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] com R$ 100 bilhões para que ele possa não apenas incentivar novos investimentos no setor produtivo, mas ajudar nos grandes projetos que a Petrobras tem aqui no Brasil com o pré-sal”, disse Lula.
O presidente voltou a insistir que a idéia central do governo é que nenhum grande projeto seja paralisado. Para ele, o reforço ao caixa do BNDES atende também à necessidade de empresários brasileiros que buscavam dinheiro no exterior. Lula lembrou que a partir desta semana, o Banco Central começa o financiamento de exportações por meio de reservas brasileiras.
Para Lula, dinheiro deve ir para pequenas empresas, pela geração de empregos
Ao comentar as medidas tomadas pelo governo para amenizar os efeitos da crise financeira internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que as coisas estão andando “de forma muito boa”, mas que é preciso atenção em relação ao capital de giro de pequenas e médias empresas.
“Elas são grandes geradoras de emprego. Precisamos fazer com que esse capital de giro seja alavancado rapidamente”, afirmou.
Sobre o lançamento do plano de negócios 2009-2013 da Petrobras, divulgado na semana passada, Lula avaliou que as ações da empresa também ajudam no combate à crise. Ele destacou a exploração da camada pré-sal e também a decisão de manter as refinarias de Pernambuco, do Maranhão, do Ceará e do Rio Grande do Norte
“É extremamente importante para a indústria naval, petrolífera e petroquímica brasileira e para o projeto de desenvolvimento do Brasil. Estou convencido de que, se nos mantermos nessa posição, cuidando dos investimentos corretamente, na hora em que essa crise terminar, o país que estiver mais preparado vai sair bem.”
O presidente voltou a dizer que a crise deve ser vista como oportunidade para que o Brasil possa “mudar de patamar” e que é preciso cuidar para que os empréstimos de bancos públicos estejam ligados à geração de postos de trabalho no País.
Da Agência Brasil