Lula discute revisão da reforma Trabalhista com ministra do Trabalho da Espanha
Objetivo é recuperar direitos, fortalecer o mercado interno, qualificar a mão de obra, aumentando a qualidade e a produtividade
O ex-presidente Lula (PT) se reuniu nesta quarta-feira (30) com a vice-presidente e ministra do Trabalho e Economia Social da Espanha, Yolanda Díaz, que está no Brasil, para discutir a revisão da reforma Trabalhista do ilegítimo Michel Temer (MDB-SP), que acabou com mais de cem itens da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O objetivo é recuperar direitos, fortalecer o mercado interno, qualificar a mão de obra, aumentando a qualidade e a produtividade.
Foi com os mesmos objetivos que a Espanha aprovou, a partir de um acordo envolvendo trabalhadores e empresários, uma revisão da reforma trabalhista feita pelo governo conservador de Mariano Rajoy. Lula já sinalizou querer fazer o mesmo no Brasil.
O último encontro com Yolanda Díaz foi a terceira reunião sobre o processo espanhol de revisão da reforma trabalhista da qual Lula participou. Ele já tinha se reunido com a ministra em Madri, em novembro, e feito uma reunião virtual com autoridades do governo espanhol em janeiro.
A reforma espanhola foi conduzida ao longo de negociações entre entidades de trabalhadores e empresários em diálogo durante nove meses, discutindo como dar mais estabilidade e direitos aos trabalhadores sem afetar a geração de emprego. Contratos temporários, por exemplo, ficaram limitados a atividades específicas, quando houver justificativas concretas.
Yolanda apontou a importância da mudança na cultura empresarial para as reformas. Os empresários, relatou a ministra, precisaram entender que mão de obra mais estável, motivada e qualificada resultava em negócios mais prósperos. Ela destacou também a necessidade de mecanismos para enfrentar crises como a pandemia e a guerra, e evitar demissões em massa em situações como essas, gerando crises econômicas imensas.
Segundo a ministra a maior tarefa para viabilização da revisão da reforma foi gerar confiança no diálogo entre empresários e trabalhadores, fortalecer as duas partes e fechar acordos confiáveis para ambos.
Da CUT com informações do Brasil247