Lula diz que G20 está consagrado como fórum de discussão em substituição a G8
O presidente ressaltou a importância de o seu colega americano, Barack Obama, ser favorável a que os 20 países mais ricos do mundo, e não apenas os oito primeiros, decidam juntos o que fazer sobre a crise financeira internacional
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou a última reunião do G20, na última semana, uma “consagração” de que este deve ser o fórum para discutir a crise econômica mundial, em substituição ao G8. No programa semanal Café com o Presidente, ele ressaltou a importância de o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ser favorável a que os 20 países mais ricos do mundo, e não apenas os oito primeiros, decidam juntos o que fazer sobre a crise financeira internacional.
“Aquilo que a gente dizia no primeiro encontro, em Washington, no ano passado, foi consagrado agora, com a posição do presidente Obama, de que o G20 deve ser o fórum para discutir a questão econômica mundial. É o G20 na prática substituindo o G8. Essa foi a primeira grande conquista.”
A segunda conquista do encontro que ocorreu em Pitsburg, nos Estados Unidos, segundo Lula, foi o aumento do número de países emergentes no Fundo Monetário Internacional (FMI). O Brasil, junto com outras nações em desenvolvimento, queriam que sete emergentes entrassem no fundo. No fim, o acordo firmado com os líderes mundiais permitiu que cinco países fossem incluídos. “Qualquer negociador sabe que quem reivindica sete e conquista cinco, é uma vitória extraordinária.”
O presidente também falou sobre o aumento da participação dos emergentes no Banco Mundial. A proposta deles, incluindo o Brasil, era de que a participação fosse de 6%. “Na véspera do encontro, o Obama disse que não era possível negociar o Banco Mundial, que não tinha tido acordo. E o que aconteceu no dia seguinte é que de manhã nós conseguimos fazer com que aumentasse a participação dos emergentes em 3% nas cotas do Banco Mundial.”
Para Lula, esses três pontos mostram que “não há dono da verdade” no mundo, e que agora, mais países sentam juntos para negociar e discutir os problemas comuns.
Da Agência Brasil