Lula diz que o spread bancário “está muito alto”
De acordo com Lula, "quem vive de salário sabe, perfeitamente bem, que a inflação baixa é um ganho extraordinário na vida de uma dona de casa, na vida de trabalhador, quando ele vai ao supermercado fazer compras"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não basta a taxa básica de juros (Selic) diminuir, mas que é importante que o spread bancário seja reduzido no Brasil. “O spread está muito alto, o spread ainda está seletivo, e nós vamos manter todo o esforço para controlar a inflação”, afirmou, na Suíça, de onde falou para o programa semanal de rádio “Café com o Presidente”.
Spread é a diferença entre o custo de captação de dinheiro por um banco e a taxa de juros por ele cobrada dos tomadores de empréstimos. De acordo com Lula, “quem vive de salário sabe, perfeitamente bem, que a inflação baixa é um ganho extraordinário na vida de uma dona de casa, na vida de trabalhador, quando ele vai ao supermercado fazer compras”. Segundo ele, o País poderia estar melhor se não fosse a crise mundial. “Mas dará lições a muita gente de como se enfrenta uma crise econômica”, disse.
Lula disse ainda que se sente “um pouco triste” com a redução de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas declarou que outros países tiveram uma queda superior à do Brasil e que os investimentos do governo e o consumo da população é que não permitiram que o País tivesse “um efeito mais danoso” no declínio do PIB. “De qualquer forma, eu acho que a gente não deve ficar olhando pelo retrovisor do carro agora porque estamos numa pista de bastante velocidade, para que a gente volte a recuperar o crescimento econômico”, acredita.
“Eu espero que agora os empresários estejam mais conscientes de que os trabalhadores brasileiros, os consumidores brasileiros seguraram a economia brasileira”, julgou. Conforme Lula, o “pior já passou e a economia brasileira está dando sinais enormes de recuperação”.
O presidente está na Suíça, onde participa da Conferência Internacional do Trabalho. Depois, segue para a Rússia e Casaquistão. Na Rússia, terá uma reunião dos líderes dos países que formam o bloco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China).
Da Agencia Estado