Lula diz que oposição não terá como criticar economia do governo

Segundo o presidente, os programas sociais, por exemplo, estão fluindo porque o governo tomou as decisões corretas na hora certa

Mesmo com a crise econômica mundial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na segunda-feira (23), em Salvador, que a oposição não terá argumentos para criticar o governo. Segundo ele, os programas sociais, por exemplo, estão fluindo porque o governo tomou as decisões corretas na hora certa.

“Vai acontecer muita coisa ainda neste país. A única coisa que não vai acontecer é a oposição pensar que vai em algum momento encontrar um discurso para poder bater no governo”, afirmou, durante anúncio da ampliação do programa Territórios da Cidadania.

De acordo com o presidente, os opositores tentarão criticar a taxa de juros, mas assegurou que até o final do mandato, em 2010, ela estará em um patamar semelhante ao cobrado por outros países. “Eles vão falar de juros, mas eu ainda não esqueci que, quando eu cheguei no governo, o juro deles era muito mais alto do que é hoje. Vamos chegar na eleição com o juro bem internacional”, afirmou.

Em dezembro de 2002, último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, a taxa básica de juros (Selic) era de 24,9% ao ano. No último dia 11, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a Selic de 12,75% para 11,25% ao ano. Mesmo assim, essa taxa de juros é considerada uma das maiores do mundo.

Sobre os programas sociais, Lula disse que estão no caminho certo e destacou que seu sucessor, independente de quem vier, não terá como acabar com essas ações. “Quem quer que seja [o novo presidente], e eu espero que seja quem eu estou pensando, não terá coragem de mudar”, disse. Embora os partidos não tenham definido seus candidatos à Presidência da República, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, presente ao evento, é apontada como a possível candidata do PT para concorrer às eleições presidenciais de 2010.

“Estou com a consciência tranqüila, porque a gente plantou na hora certa, irrigou na hora certa e agora não tem jeito, a colheita virá, chova ou não chova”, afirmou, reiterando que a crise financeira deve ser vista como um momento de oportunidade de crescimento da economia nacional.

O programa Territórios da Cidadania dobrará a área de cobertura neste ano, de 60 para 120 locais, o equivalente a 1.852 municípios. O Ministério do Desenvolvimento Agrário estima em R$ 23,5 bilhões os investimentos para o programa em 2009. O cronograma prevê 181 atividades de apoio à produção, acesso a direitos e infra-estrutura, que serão desenvolvidas por 22 ministérios.

Da Agência Safras