Lula garante que não há divergência sem solução com a Argentina
O presidente disse que na reunião do G-20 vai condenar o protecionismo e lembrar que foram os países desenvolvidos que criaram a doutrina do mundo globalizado e do livre comércio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não há divergência entre Brasil e Argentina que não possa ser solucionada e que nada melhor do que os dois países se sentarem e encontrarem um denominador comum. Ele se referia às medidas de protecionismo adotadas pelo governo argentino.
Em entrevista, após almoço desta terça-feira (17) com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, Lula voltou a criticar o protecionismo de países desenvolvidos – insistindo que isso só agrava a crise – e esclareceu que voltou atrás da decisão de criar barreiras à Argentina porque prefere conversar em vez de tomar medidas punitivas. A reunião será realizada nesta tarde, no Palácio do Itamaraty, entre ministros brasileiros e argentinos.
Lula disse que na reunião do G-20 (grupo de 20 grandes economias), no dia 2 de abril, em Londres, ele vai condenar o protecionismo e lembrar que foram os países desenvolvidos que criaram a doutrina do mundo globalizado e do livre comércio. Ele disse que vai defender, também, que os países em desenvolvimento querem o livre comércio que foi empregado pelos países desenvolvidos nos últimos 45 anos. O presidente defendeu também que a Rodada Doha, de negociações no âmbito da Organização Mundial do Comércio, seja concluída.
Tanto no discurso quanto na entrevista, no Palácio do Itamaraty, Lula e Uribe defenderam a necessidade de integração entre os países da região.
Da Agência Estado