Lula prestigia a posse da nova diretoria e ganha mais apoio da categoria

“Feliz o ser humano que pode ser o presidente de uma categoria extraordinária como essa”. Com a frase, dirigida ao presidente reeleito do Sindicato, José Lopez Feijóo, o presidente Lula saudou os metalúrgicos do ABC durante o ato de posse festiva da nova diretoria, realizado no último sábado, em São Bernardo.

Lula subiu ao palco debaixo dos aplausos e abraços de centenas de metalúrgicos e seus familiares que, em pé, repetiam o refrão “Olê, olê, olê, olá; Lu-lá, Lu-lá”.

Pouco antes, Feijóo havia adiantado para Lula, em discurso, a posição da categoria frente a atual crise política. “É possível que alguns companheiros tenham se desviado do rumo correto. Mas isso não dá a ninguém o direito de destruir o que construímos e somos. Por isso, esse Sindicato estará na linha de frente da luta de resistência se alguém tentar tirar do Palácio do Planalto aquilo que você justamente conquistou”, disse Feijóo.

Nosso melhor material humano, diz Feijóo

O ato político de posse da diretoria começou com o secretário-geral do Sindicato Rafael Marques chamando cada um dos novos diretores para serem empossados.

Ao cumprimentar todos eles, Feijóo lembrou que a organização no local de trabalho se consolidou com esta eleição. “Muitas vezes tivemos que enfrentar a truculência  de quem não aceita democratizar o espaço na fábrica”, disse o presidente do Sindicato.

Feijóo lembrou aos novos diretores que eles são o melhor material humano que o Sindicato dispõe, mas não podem esquecer que o trabalhador votou em cada um deles apostando em novas conquistas.

“E esse modelo de organização que construímos aqui no ABC queremos ver implantado em todo o Brasil, ainda mais agora com Marinho como ministro do Trabalho”, finalizou Feijóo.

Mas de dois mil metalúrgicos e seus familiares participaram da posse festiva, além de sindicalistas, políticos como os prefeitos de Santo André, João Avamileno, e de Diadema, José de Filippi, os ministros da Coordenação Política, Jaques Wagner, e do Trabalho, Luiz Marinho, o deputado federal Vicentinho e diversas outras personalidades.

Governar o Brasil com o coração

Voltando a falar sobre o Sindicato, o presidente da República lembrou que, às vezes, são esquecidos os avanços conquistados na luta iniciada pela categoria e depois encampada por todos os trabalhadores do Brasil.

Por isso Lula lembrou que, graças a essa garra, vieram dos metalúrgicos do ABC os atuais presidente da República, o ministro do Trabalho, os presidentes do Sesi e do Sebrae, e o delegado Regional do Trabalho de São Paulo (respectivamente, Lula, Luiz Marinho, Jair Meneguelli, Paulo Okamoto e Heiguiberto Guiba Della Bella Navarro).

“Não chegamos a esses cargos porque somos mais bonitos, inteligentes ou melhores que ninguém”, afirmou Lula. “Mas soubemos aproveitar as oportunidades históricas que surgiram”.

Para dar um exemplo, o presidente lembrou que nos 30 meses de seu governo foram criados 3 milhões de empregos, quantidade mais de quatro vez superior às 700 vagas surgidas nos oito anos do governo FHC.

Prosseguindo, Lula lembrou que a abertura dos postos de trabalho ocorreu por uma série de medidas do governo, como o apoio ao crédito com desconto em folha, que jogou R$ 16 bilhões na economia, os R$ 9 bilhões destinados a agricultura familiar, os R$ 7 bilhões da bolsa família, os R$ 4 bilhões para implantação do Estatuto do Idoso e os R$ 20 bilhões a mais para o BNDES, entre outras iniciativas.

“Tenho o prazer de dizer aos metalúrgicos do ABC que esses mais de R$ 50 bilhões fizeram a economia voltar a funcionar, exportamos R$109 bilhões, o País retomou o crescimento e foram criados empregos”, destacou Lula.

“Diziam que era impossível o Brasil exportar e fazer crescer o mercado interno ao mesmo tempo. Estamos mostrando o contrário. Estamos mostrando que não precisa de diploma universitário para gover