Luta começa a dar resultado

Acordos com Panex, Labortub, Exacta Master, Sea, Cabomat, Usimatic, Bonfio e CM

A pressão dos companheiros nas fábricas dos Grupos 9 e 10 começou a dar resultado. Até ontem à tarde oito empresas assinaram o mesmo acordo fechado semana passada com o Grupo 5 (autopeças, forjarias e parafusos).

Essas fábricas irão aplicar 9,57% de reajuste aos salários de setembro. O índice traz reposição de 5,37% das perdas e 4% de aumento real.

“Esse é o resultado da nossa mobilização. Esperamos fechar novos acordos nos próximos dias e evitar a ampliação da greve”, disse o presidente do Sindicato José Lopez Feijóo.

Além da aplicação do mesmo acordo, essas empresas comprometeram-se a procurar seus sindicatos patronais e pressioná-los por um acordo coletivo para o Estado.

Perto de 70 mil metalúrgicos representados por sindicatos da CUT em São Paulo trabalham em fábricas deste setores. A principal resistência dos patrões é quanto à mudança da data-base.

Sem acordo, greve prossegue
A greve dos metalúrgicos nas empresas dos Grupos 9 e 10 que não sinalizam com acordo vai prosseguir.

Ontem o movimento teve a adesão dos companheiros na Evacon, de São Bernardo. Seguiram em greve os companheiros na Makita, Otis, Mark Grundfos e Conexel. Em Diadema aconteceram assembléias de protesto na Bonfio e Embramotor.

No interior
Cerca de 950 trabalhadores de mais quatro fábricas no interior pararam ontem. Em Sorocaba a greve atingiu a Flextronic e Faço 3. Em Salto, a Niquelbrás e, em Cajamar, a Mat-Incêndio.