Luta contra a AIDS: Jovens são alvo de campanha no Brasil

O Ministério da Saúde
lançou no último sábado,
Dia Mundial de Luta contra
a Aids, uma campanha
destinada especialmente a
pessoas entre 13 e 24 anos.
Pesquisas indicam que apesar
de terem acesso à informação,
os jovens não usam
preservativos em todas as
suas relações sexuais.

Os principais fatores
a serem combatidos são a
orientação sexual tardia nas
escolas, uma vez que muitos
jovens estão iniciando a vida
sexual ainda na época em
que cursam o ensino fundamental,
e a ausência do
preservativo na hora do ato
sexual. Dos quase 600 mil
infectados no Brasil, 16%
têm menos de 24 anos.

O Brasil diminuiu pela
metade a mortalidade pela
doença nos últimos anos
porque iniciou mais cedo que
outros países a distribuição
em massa de anti-retrovirais
(os coquetéis anti-aids) mais
potentes e ampliou os SAEs
(Serviços Ambulatoriais Especializados).
Outra medida
que ajudou foi a quebra de
patentes das vacinas que os
grandes laboratórios só queriam
vender a alto custo.

Essas medidas permitiram
diagnósticos precoces e
o início mais rápido do tratamento.
Mas a aids ainda é
um grave problema de saúde
pública.

“A queda nas taxas de
morte pode dar a impressão
de que o problema está mais
ou menos controlado, o que
pode ter como consequência
o relaxamento da prevenção,
principalmente, entre os mais
jovens”, alertou o ministro da
Saúde, José Temporão.

Queda de 55% no ABC

O ABC tem o que comemorar
no combate à
aids. Dados da Secretaria
Estadual de Saúde mostram
que o número de pessoas
infectadas caiu 55% nos últimos
seis anos. Foram 506
notificações em 2000 contra
226 no ano passado.

A maior redução ocorreu
em Mauá, com queda
de 87%. A seguir estão São
Bernardo, com 54%; Santo
André, 52%, São Caetano,
42%; e Diadema, 41%. Ribeirão
Pires e Rio Grande da
Serra não estão na lista por
causa do pequeno número
de casos.

Mauá conseguiu índices
recordes no combate
ao vírus HIV devido ao
trabalho dos COAS (Centro
de Orientação e Apoio
Sorológico) no atendimento,
prevenção e tratamento da
doença.

A cidade também foi a
primeira da região a distribuir
camisinhas em todas
as UBS (Unidades Básicas
de Saúde).

33 milhões de casos no mundo

Dia 1º de dezembro foi
escolhido pela ONU para
desenvolver atividades pelo
mundo visando divulgar mensagens
de esperança, solidariedade,
prevenção e incentivar
novos compromissos na luta
contra a doença.

Cerca de 33 milhões de
pessoas vivem hoje com o
vírus HIV, principalmente
populações de regiões de
extrema pobreza como a
África. Embora ainda preocupante,
o número de novos
casos diminuiu. Foram 2,5
milhões em 2007 contra 3,2
milhões em 2001.

Já a quantidade de vítimas
fatais continua estável.
Neste ano, 2,1 milhões de
pessoas já morreram, sendo
1,7 milhão de adultos e 330
mil crianças.