Luta do Sindicato garante isenção do ISS em São Bernardo
O prefeito Luiz Marinho assinou ontem, dia 1º de julho, a Lei Complementar 116/2003, que trata da isenção do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, o ISSQN, em São Bernardo. O benefício será concedido para produtos e serviços que circulam dentro da cadeia produtiva, ou seja, que são utilizados por outras empresas e não pelo consumidor final.
Na cidade, estão dentro desse segmento 150 empresas, que geram 20 mil empregos, e que têm como clientes, principalmente, montadoras de veículos. O presidente do Sindicato, Rafael Marques, participou da atividade e afirmou que esta demanda nasceu com os Metalúrgicos do ABC.
“Quando começou a acontecer a cobrança do ISSQN, identificamos como um risco às empresas de menor porte na região, que já são tributadas pelo ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]. O ISS é uma lacuna na lei federal que alguns municípios ainda praticam”, afirmou.
Segundo o dirigente, se São Bernardo, eminentemente industrial, adotasse esse procedimento, teria um risco de evasão das pequenas empresas, que vão dar a tônica para o futuro da cidade.
O evento aconteceu na sede da Prefeitura, no Paço Municipal, e teve a participação de empresários, secretários e vereadores. O Projeto de Lei, que trata do tema, foi aprovado pela Câmara dos Vereadores no último dia 17.
“A lei repara e recoloca São Bernardo no caminho para continuar atraindo empreendimentos industriais. As perspectivas agora são de segurança jurídica às empresas e poder público, retorno dos investimentos e geração do emprego e renda”, declarou o prefeito Luiz Marinho.
De acordo com a legislação, estão isentos serviços de recondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte e polimento, entre outros, mas apenas quando fazem parte do processo industrial.
Para o prefeito, a medida contribui para a competitividade do setor, já que a tributação encarece o produto entre 6% a 10%. “Com isso, incentivamos a manutenção das empresas e a valorização do emprego na cidade”, concluiu Marinho.
A ação teve o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, o Ciesp, em São Bernardo. A medida também era antiga reivindicação do setor empresarial, que argumentava que as empresas já pagam o ICMS, que é repassado, em parte, ao município.
Da Redação.