Luta gera contratação
A pressão e a luta dos companheiros na Mercedes-Benz, em São Bernardo, fará a montadora contratar 150 trabalhadores agora, momento em que a maioria das empresas no País está demitindo. Com os novos metalúrgicos, a empresa somará 459 funcionários a mais em 2003 – foram 183 em fevereiro e 126 em junho-, apesar do ano ser marcado por crises no setor.
Ocorre que, apesar de contar com 9,3 mil companheiros, a linha de montagem da empresa funciona nos três turnos há alguns meses por causa das exportações de caminhões e motores para Alemanha e Estados Unidos. E como vieram mais pedidos de compra, a empresa quis horas extras.
Só que a representação dos trabalhadores e o Sindicato conquistaram que a Mercedes (ou Daimler-Chrysler) os consulte sempre que precisar de horas extras. Assim as lideranças concordaram em levar o pedido às bases, contanto que a montadora também se comprometesse a contratar mais gente. Depois de algumas negociações a proposta foi aceita.
A assembléia para consultar os trabalhadores sobre o pedido da empresa ocorreu ontem dentro da fábrica e o pessoal concordou por unanimidade, desde que sejam feitas também as contratações. O presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo, elogiou publicamente a combatividade do pessoal na Mercedes que permite resolver criativamente situações como essa.