Luta pela redução da mortalidade materna

No próximo domingo, 28, é o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna.

Em 2008, Unicef, OMS e outras entidades apresentaram um estudo sobre mortalidade materna no mundo, de 1990 a 2008. Pelo estudo, 358 mil mortes maternas ocorreram no último ano, uma melhora de 34% dos níveis de 1990.

Do total, 99% destas mortes ocorreram na África subsaariana e no sul da Ásia. Em 2008, o risco de morte materna na África era de 1/31 (1 morte a cada 31 grávidas), Oceania 1/110, Afeganistão 1/11 e no mundo dito desenvolvido (Europa, Japão e EUA), 1/4300. Na América Latina, ficamos com não orgulhosos 1/490.

Para a redução de 34%, foi fundamental a melhoria da saúde reprodutiva: educação e uso de métodos contraceptivos (que deveria ser universal), assistência pré-natal e atendimento profissional (médico e enfermagem). Não nos esqueçamos que ainda existiam parteiras.

A mortalidade materna está envolvida por várias questões, além das doenças, acesso à saúde e questões político-religiosas (sim, o aborto). O aborto está bem definido por lei, mas grupos extremistas usam sua base para criar tensão e tentar moldar a sociedade à sua visão deturpada de mundo.

Sendo direto, precisamos melhorar a educação em saúde. Com anticoncepção, tratamento e orientação, podemos tratar todas as condições envolvidas e garantir saúde à mãe e à criança. Nosso SUS tem atendimento pré-natal. O ensino básico deveria ter educação em saúde. E precisamos do estado laico.

A vida é o bem mais precioso que temos. Garantir a saúde da mãe e da criança é fundamental para o desenvolvimento dos dois e da sociedade. Isso só se faz com acolhimento, educação, vacina e saúde.

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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente