Luta sindical: Fitim quer mais Comitês Mundiais

Terminou ontem a Conferência Latino-americana que a Federação Internacional dos Trabalhadores em Indústrias Metalúrgicas (Fitim) realizou em São Paulo para traçar um diagnóstico da indústria automotiva.

Representantes do México, Venezuela, Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile e Brasil concluíram que esses países enfrentam os mesmos problemas de recessão, desemprego e queda de renda. Com tudo somado, as empresas se aproveitam para atacar os direitos dos trabalhadores.

“Para proteger os metalúr-gicos, a Fitim decidiu incentivar a formação de Comitês Mundiais como os na Volkswagen e na Mercedes-Benz”, revelou Valter Sanches, diretor do Sindicato e representante da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT no encontro em São Paulo.

>> Aliança contra a ALCA

O encontro concluiu também que a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), do jeito que os EUA querem implantar, pode ferir os interesses dos trabalhadores. Por isto desenvolverão uma aliança para interferir nas negociações com o objetivo de preservar os direitos trabalhistas e sociais.

Sanches percebeu entre os participantes um grande interesse pelo governo Lula e uma forte torcida por seu sucesso.

“Alguns deles, como os da Colômbia, também enfrentarão uma reforma trabalhista. Mas com uma grande diferença: lá os trabalhadores não serão ouvidos ao contrário daqui, onde ocorrem os fóruns com nossa participação”.