“Lutar pelo direito ao futuro passa por derrotar o governo Bolsonaro e sua agenda neoliberal”
Juventude debate hoje desafios na educação, oportunidades de trabalho, direitos e investimento em ciência
Hoje, Dia Internacional da Juventude, data instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas (ONU), em 1999, é um momento de reflexão sobre o papel da nova geração no futuro do país e do planeta, mas também de luta por igualdade de direitos, educação de qualidade, oportunidades de trabalho e valorização da ciência.
Para marcar a data, o Sindicato promove a live “O hoje e o amanhã da juventude” com convidados representantes de movimentos sociais e lideranças na área para debater o assunto.
A conversa será mediada pelo coordenador do Coletivo da Juventude Metalúrgica do ABC, Américo José Galvanho Júnior, o Juninho. O dirigente ressaltou que é um dia para pensar os desafios colocados.
“Um desses desafios é o acesso à educação, devemos defender o investimento desde o ensino básico até o superior. Defender a universidade pública, e também a inserção do jovem no mercado de trabalho com aceso a cursos profissionalizantes”.
Enfrentamento ao governo
O coordenador do Coletivo destacou a importância de fazer o enfrentamento ao governo. “Este governo federal fascista vem retirando nossos direitos e prejudicando nosso acesso tanto à educação quando ao mercado de trabalho. Acredito que lutar pelo direito ao futuro passa por derrotar o governo Bolsonaro e sua agenda neoliberal”.
Valorizar a Ciência
Outra questão apontada como necessidade primordial por Juninho é a luta pelo investimento e apoio à ciência. “A pandemia deixou ainda mais evidente a importância do SUS, da pesquisa na universidade pública. É essencial manter os investimentos para o país não retroceder. Sempre fomos pioneiros em vacinação, as pesquisas nos governos Lula e Dilma tinham investimento, reconhecimento e por isso nos tornaram referência. Temos que lutar para defender o SUS e o reconhecimento da ciência para a formulação das vacinas”.
Jovens no Brasil
O Brasil possui cerca de 211 milhões de habitantes, dentre estes, 47,2 milhões possuem entre 15 e 29 anos. (IBGE)
Sem acesso à educação
5,5 milhões de jovens entre 6 a 17 anos estão sem acesso à educação, (IBGE 2020).
Menos inscritos no Enem
Este ano registrou queda histórica no número de inscritos no Enem, de 5,6 milhões para 3,1 milhões, por falta de isenção na taxa, de estrutura e incentivo aos estudos.
Juventude e pandemia
A pesquisa ‘Juventude e pandemia no Brasil’, que ouviu 33 mil jovens em todas as regiões do país, apontou que:
32% trabalham e estudam
40% somente estudam
18% somente trabalham
10% não estudam e nem trabalham
73% continuam trabalhando e 27% pararam de trabalhar durante este período
Família
69% vive com as mães ou madrastas
48% mora com irmãos
52% com pais ou padrastos