Lutas na Argentina, Brasil e Chile
A luta pela redução da jornada de trabalho chegou à Argentina, onde trabalhadores reivindicam diminuição das 48 horas atuais para 44 horas por semana. No Chile, desde 1º de janeiro a jornada diminuiu de 48 para 45 horas, sem redução de salário. No Brasil, as seis centrais sindicais fazem campanha por 40 horas semanais.
A Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), principal central sindical da Argentina, argumenta que a medida permitirá a criação de novos postos de trabalho. Só que o Ministério do Trabalho, a quem foi encaminhada a demanda, informou que não há previsão para discutir a redução. A CGT afirma que a jornada menor permitirá a criação de 700 mil postos de trabalho rapidamente e abaixará os índices de desemprego para 8%.
O desemprego na Argentina está na casa dos 13%. A CGT enfatiza que há mais de três milhões de trabalhadores argentinos que cumprem uma jornada de mais de 60 horas.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os argentinos trabalham 2.100 horas anuais, enquanto no Chile e no Brasil a média é 1.800 horas.
Revés francês
No caminho contrário, o governo francês conseguiu aprovar na Câmara a flexibilização da jornada de 35 horas. Não é uma volta ao passado porque, agora, trabalhadores e empresários poderão negociar o aumento da jornada em determinadas condições.
Os sindicatos, que programam uma série de manifestações pelo país nas próximas semanas, argumentam que os empregados terão de trabalhar mais pelo mesmo salário. O projeto ainda será votado no Senado, onde o governo também tem maioria.