Mahle Metal Leve: Ato exige readimissões
Ato realizado sexta-feira em frente à Mahle Metal Leve, de São Bernar-do, cobrou da direção da empresa a readmissão de três trabalhadores dispensados por justa causa e também a volta de seis membros do Comitê Sindical e dois da CIPA que estão afastados para apuração de falta grave.
O presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo, pediu que a Metal Leve mude seu comportamento, avisando que não haverá trégua até que a empresa desista das punições.
“A empresa não vai destruir a organização que conseguimos aqui e faremos um processo de luta sem trégua”, avisou Feijóo.
O presidente da CUT, Luiz Marinho, criticou a Metal Leve ao lembrar que empresas com responsabilidade social corrigem erros e deslizes sem demitir trabalhadores e seus representantes.
“A organização no local de trabalho garante cidadania e respeito”, disse ele.
Valter Sanches, da CF da Mer-cedes e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, disse que conseguiu apoio de sindicalistas europeus, americanos e latinos a contra a atitude da Metal Leve.
>>Liberdade sindical
A Confederação recebeu dezenas de e-mails, entre eles do Comitê Europeu dos Trabalhadores na Mahle, Comitê Alemão dos Trabalhadores na Mahle e Federação Internacional dos Trabalhadores na Indústria Metalúrgica.
Sanches disse que montado-ras como Volks e Mercedes assinaram o código de conduta. Por ele, as empresas se comprometem a respeitar princípios sociais e trabalhistas como a convenção da OIT, e a exigir o mesmo das empresas fornecedoras.
“O respeito à liberdade sindical e à organização no local de trabalho é um desses princípios”, disse Valter Sanches.
Ele avisou que, se a empresa não retomar as negociações, os trabalhadores na Mercedes podem se recusar a usar produtos da Metal Leve na montagem das peças.