Maioria paga cartão de crédito em dia
A parcela de brasileiros que adotou o dinheiro de plástico como alternativa para o pagamento de suas compras é cada vez maior. Segundo levantamento da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), que congrega 95% das empresas do setor, em 2012, a participação do faturamento dos cartões de crédito e de débito no consumo das famílias no País chegou a 26,4%. Em 2007, o índice era de 16,7%,
“A boa notícia é que o brasileiro está cada vez mais sábio ao utilizar o cartão de crédito. Prova disso é que 74% dos portadores de cartão pagam suas faturas sem juros”, diz o presidente da Abecs, Marcelo Noronha celebrando que o número dos que quitam em atraso caiu de 29% em 2011 para 26% no ano passado.
Mais fácil de controlar,com liberação mais simples pelas instituições financeiras e a praticidade de poder ser usado como dinheiro sem ter problema de troco, o cartão de débito conquistou o brasileiro e apresentou, em 2012, índice de expansão de 20,6% em número de transações, que totalizaram R$ 244,8 bilhões.
Por apresentarem a opção de dar mais prazo para pagamento, os de crédito ficaram com as transações de maior volume e somaram R$ 479,5 bilhões em operações, crescimento de 16,6% em relação a 2011. Juntas, as duas modalidades apresentaram expansão de 18%, chegando a R$ 724,3.
MÉDICO E TÁXI – Especialistas acreditam que a utilização de dinheiro de plástico ainda pode dobrar no Brasil e uma análise do faturamento de cartões de crédito por setor em 2012 mostra que o maior crescimento foi na utilização de cartão de crédito para pagar gastos com Educação e Saúde. O comércio atacadista e materiais de construção viram as operações com cartão aumentarem em 22%.
O terceiro maior índice de crescimento, 21,5%, se deu nas transações para pagamento de profissionais liberais como médicos, advogados, taxistas, chaveiros e serviços como TV por assinatura. Segundo a Abecs, 58% do faturamento das lojas se dão por cartão de débito ou crédito. Os outros 42% são divididos por dinheiro, cheque, benefícios, débito automático, fatura e carnê, sendo que esse último só ficou com 1% de participação. De 2008 para cá, o número de cheques compensados diminuiu na mesma proporção do aumento das transações com cartão de crédito, que saltaram de 150 milhões em 2008 para 350 milhões em dezembro de 2012.