Mais 30 mil crianças morreram de fome no Chifre da África, e 400 mil ainda podem morrer
A crise que castiga a região do Chifre da África pode matar 400 mil crianças somalis se nenhuma medida for adotada. Até o momento, 30 mil crianças morreram de fome na Somália. A crise – seca, conflitos e alta dos preços dos alimentos que atingem essa região – que fica no Nordeste do continente, e que envolve Somália, Uganda, Etiópia, Quênia, Djibuti e Eritréia – já é considerada a pior dos últimos 60 anos.
O aviso foi feito pelo secretário de Desenvolvimento Internacional da Grã-Bretanha, Andrew Mitchell, em visita à capital da Somália, Mogadíscio.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), no país, mais de 12 milhões de pessoas estão sentindo os efeitos da estiagem e 3,6 milhões de pessoas estão sob o risco da fome no sul da Somália.
O diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, ponderou nesta quinta-feira (18) como “provável” que a situação de crise de fome se estenda pelo sul do país ainda neste mês.
A região está sob controle do grupo Al-shabab, que não tem boas relações com grupos humanitários. Na região, não chove há mais de dois anos.
Da Radioagência NP