Mais de 100 mil manifestantes marcham contra o golpe e pela democracia em São Paulo
Presidente do Sindicato, Rafael Marques, durante ato na Avenida Paulista
Metalúrgicos do ABC lotaram a Avenida Paulista na tarde desta quarta-feira, dia 16, em ato contra a tentativa de golpe à presidenta Dilma Rousseff.
Mais de 100 mil manifestantes marcharam do vão livre do MASP em direção à Praça da República com palavras de ordem pedindo a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pela democracia e contra o ajuste fiscal.
“O ato de hoje foi o esquenta de quem quer inclusão social, de quem mudou o Brasil a favor dos trabalhadores, o esquenta da democracia, que respeita a eleição, de quem luta pelo País e não aceita o golpe. Vamos continuar nas ruas rumo a retomada do crescimento”, declarou o presidente do Sindicato, Rafael Marques.
Em todo o País, a manifestação também foi realizada em outros 24 Estados. O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que o golpe em curso é contra os trabalhadores, “um golpe de classe”.
“Dilma foi eleita pelo povo e não existe crime provado contra ela”, declarou o dirigente que apontou a participação de jovens, adultos, movimentos sociais, sindicatos, população LGBT, negros e mulheres durante a atividade.
Aceito no último dia 2 de dezembro por Eduardo Cunha, com apoio do PSDB, o impeachment tem um objetivo claro: golpe para retirar os direitos da classe trabalhadora e afrontar a democracia.
O secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, afirmou que a categoria já está acostumada a lutar pela democracia no País.
“Nós vamos defender o direito ao voto e a construção de um Brasil melhor. Vamos fazer a luta que for necessária em defesa da democracia”, garantiu Wagnão.
“Já somos mais de 100 mil trabalhadores na Avenida Paulista e isso mostra a luta e determinação da manifestação popular mostrando que o golpe não passará”, completou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
Da Redação