Mais de 600 delegados nas plenárias finais

O balanço da primeira fase do 5º Congresso é muito positivo. Cerca de 3 mil companheiros e companheiras participaram das reuniões por fábrica e escolheram mais de 600 delegados às plenárias finais.

Encerrada a primeira fase

Com a realização das últimas reuniões por fábrica, terminou no sábado a primeira fase do 5º Congresso dos Metalúrgicos do ABC. Cerca de três mil companheiros e companheiras se envolveram e o resultado é que mais de 600 delegados foram escolhidos (o número total está sendo finalizado).

“Atingiu nossa expectativa”, disse Rafael Marques, secretário-geral do Sindicato e coordenador do Congresso sobre o número de delegados. Ele comentou que a boa participação da categoria nos debates proporcionou intervenções qualificadas e que se pode esperar muita idéia boa das propostas e emendas.

Rafael lembra que o tema Previdência apareceu em muitas reuniões. “Os companheiros mostraram muitas preocupações com as regras implementadas na reforma de FHC em 98 e encaminharam propostas de luta para tornar as aposentadorias mais justas”, comentou.

Segundo o dirigente, tudo indica que as resoluções do Congresso irão renovar a disposição de luta do Sindicato por melhores condições de vida.

Prazo para propostas

Os delegados escolhidos têm prazo até sábado para apresentarem suas emendas e propostas de resoluções.

Na semana que vem a coordenação do Congresso fará a organização dos textos num caderno para orientar a votação dos delegados nas plenárias finais, que acontecem entre 18 e 20 de novembro.

Rafael lembra ainda a necessidade de participação dos delegados nos próximos debates temáticos. “Esses debates trazem muitos elementos e informações importantes. Por isso, a presença dos delegados, e todos os interessados, é obrigatória”, convoca.

Nesta sexta-feira, às 18h, a filósofa Marilena Chaui fala de ética na política. No sábado, o secretário-geral da CUT, Artur Henrique, debate reforma sindical, às 9h. Os dois debate serão na Sede do Sindicato.

São Bernardo

Os delegados escolhidos pelas empresas de São Bernardo (exceto montadoras) têm reunião sexta-feira, às 16h, na Sede, para discutir emendas e resoluções.

Chaui lembra do ódio da direita

A filósofa Marilena Chaui, de 63 anos, dá aulas na Universidade de São Paulo (USP), onde é professora titular. Filiada ao PT desde os anos 80, alcançou destaque na sociedade e no partido pela capacidade intelectual, postura ética e firmeza de princípios.

Foi secretária da Cultura na gestão Luiza Erundina (1989-1992) na Prefeitura de São Paulo. Mês passado, Chaui causou polêmica nos debates O silêncio dos intelectuais ao recusar falar sobre as denúncias contra o governo Lula e justificou sua postura afirmando que não dispunha de informações que pudesse confiar sobre o que acontecia. Seu tema no nosso Congresso será Ética na Política.

A filósofa culpou os meios de comunicação pela manipulação dos fatos e disse que o PT era vítima desse ódio inédito da direita porque foi o grande responsável pela construção da democracia no País.

Reforma sindical

Artur Henrique da Silva Santos, de 44 anos, é técnico eletrotécnico e sociólogo. Iniciou sua atividade sindical em 1983 quando foi eleito representante dos trabalhadores na CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). Ele falará no Congresso sobre Reforma Sindical.

Atualmente ocupa a secretaria-geral da CUT Nacional e foi um dos principais responsáveis pela elaboração do projeto de Reforma Sindical que está no Congresso Nacional.