Mais R$ 27 bilhões na economia com reajuste do mínimo
Com o aumento deste ano, o ganho real acumulado de abril de 2002 até agora chega a 45%. O reajuste total do período é de 132%, também considerada a reposição da inflação
Novo mínimo injeta R$ 27 bilhões na economia
Na audiência que manteve com as centrais sindicais durante a semana, o presidente Lula confirmou que, a partir do mês que vem, o salário mínimo passará dos atuais R$ 415,00 para R$ 465,00, sendo 6% de ganho real e 6% de reposição da inflação.
“É um elemento importante de combate à crise”, afirma Nelson Karan, coordenador do Dieese.
“O salário mínimo terá um aumento de 12%, o que deverá colocar mais R$ 27 bilhões em circulação na economia em 12 meses”, acrescentou.
O cálculo do coordenador do Dieese leva em conta o contingente de 43 milhões de pessoas que têm sua renda referenciada pelo mínimo.
Política de valorização
Com o aumento deste ano, o ganho real acumulado de abril de 2002 até agora chega a 45%. O reajuste total do período é de 132%, também considerada a reposição da inflação.
A valorização do mínimo decorre das negociações feitas entre centrais sindicais e governo. Em 2007, ficou estabelecido que o salário mínimo passaria a ser reajustado pela inflação, mais a variação do PIB de dois anos antes.
Além disso, o acordo prevê a antecipação contínua da data-base até que ela seja fixada em janeiro, a partir do ano que vem. “Em 1995, o salário mínimo comprava 1,02 cesta básica. No ano passado, ele correspondia a 1,74 cesta. É uma diferença importante no poder de compra”, afirma Karan.