Mais um dia para o grupo 3

Setor que reúne as autopeças, forjarias e parafusos pediu prazo para apresentar contraproposta. Categoria espera, mas só até amanhã.

O grupo 3 (autopeças, forjarias e parafusos) pediu um novo prazo para apresentar uma contraproposta salarial aos metalúrgicos da CUT e retoma as negociações amanhã. “Eles (patrões) pediram o prazo e como acreditamos no processo de negociação vamos aguardar. Mas se amanhã não tiver proposta, é greve a partir de quinta-feira”, disse o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre.
Ele alertou que, com acordos fechados com montadoras e grupo 8, criou-se uma ansiedade na base para que a campanha seja resolvida o quanto antes. “Esse será o nosso último prazo”, avisou o presidente do Sindicato, lembrando que a mobilização da categoria assegura a retomada das paralisações.

Negociação com G.2 – É esperada para hoje uma resposta do grupo 2 (máquinas e eletrônicos), outro grupo que não tem acordo. A última proposta do setor foi de 10,5% de reajuste. A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) esperava um contato com o setor ontem no final da tarde.

Para fechar a campanha, faltam propostas de fundição (o setor acenou com apenas 1% de aumento real) e com o grupo 10, que mantém a database em novembro.

Os acordos já fechados

Montadoras

11,01% de reajuste a partir de 1º de setembro, sendo 7,15% como reposição da inflação e mais 3,6% de aumento real.
Abono de R$ 1.450,00 a ser pago no dia 22 de setembro, a todos os trabalhadores
Piso sobe para R$ 1.250,00 (12,6% de reajuste).
Salários acima de R$ 7.500,00 terão o reajuste para repor a inflação (7,15%), mais fixo de R$ 289,30 a ser incorporado ao salário. Esse valor é a aplicação de 3,6% sobre R$ 7.500,00.
Os aprendizes do Senai em período de estudo recebem abono de R$ 500,00 e os que estagiam têm abono de R$ 1.000,00.

Grupo 8

11% de reajuste a partir de 1º de setembro, sendo 7,88% de reposição e 3% de real, aplicados até salário de R$ 4.270,00. Acima, fixo de R$ 469,70 a ser incorporado ao salário. A data-base muda de agosto para setembro.

Os pisos ficam assim:

R$ 719,52 – Empresas com até 50 trabalhadores
R$ 762,00 – Empresas entre 51 e 500 trabalhadores
R$ 841,00 – Empresas com mais de 500 trabalhadores