Makita – Trabalhadores na rua por respeito e dignidade

Manifestantes saíram da Sede do Sindicato levando velas acesas para protestar contra a má-fé da empresa.

Trabalhadores voltam às ruas em protesto

As faixas estampavam porque os trabalhadores na Makita lutam há mais de um mês: por respeito e dignidade.

Essas eram as palavras de ordem que embalaram uma marcha silenciosa que no início da noite de ontem cruzou a Rua Marechal Deodoro, em São Bernardo, desde a Sede do Sindicato até a Praça Matriz, no Centro.

Na mão de cada um, uma vela cuja “simbologia era iluminar a consciência da direção da empresa e das autoridades do País”, nas palavras de Sérgio Nobre, presidente do Sindicato, que puxou a caminhada.

Segundo Moisés Selerges, coordenador de Base em São Bernardo, a caminhada teve a intenção de chamar a atenção. “Esperamos que Justiça compreenda o drama deles”, disse, apontando para os trabalhadores. Hoje, às 14h, haverá audiência entre Sindicato e empresa, convocada pela Justiça do Trabalho.


Caminhada de ontem marcou 34 dias de luta

Resistência
Há mais de um mês, os companheiros e companheiras na multinacional travam uma dura batalha contra o que consideram traição e má-fé da empresa.

Traição por negar que fecharia a fábrica – e depois fechar – e má-fé por apresentar uma indenização adicional e voltar atrás.

“Agora vamos até o fim. Está cansativo, mas temos disposição de continuar na luta”, afirmou Isabel Regina de Oliveira, trabalhadora na empresa.

Ela está todos os dias no acampamento montado pelos companheiros na porta da fábrica, desde que ela anunciou o fechamento e a demissão de todos os 285 trabalhadores, no dia 4 de setembro.

“É um desrespeito. A fábrica trata os trabalhadores com arrogância”, disparou Nivaldo Bezerra, membro do CSE na TRW em Diadema, que participou da caminhada em solidariedade, hoje, o sentimento do qual o pessoal na Makita mais precisa.