Manifestação na Alemanha em defesa da lei Volks
Mais de 40 mil trabalhadores
na Volkswagen
saíram às ruas na cidade sede
da montadora, em Wolsburg,
Alemanha, na última
sexta-feira, para defender a
Lei VW.
A Comissão Européia
e a Porsche, que em breve
será acionista majoritária da
Volks, pretendem acabar
com a lei que dá aos trabalhadores
o direito à participação
nas decisões do grupo
e ao Estado alemão da Baixa
Saxônia. O Estado detém
30% das ações da montadora
e concentra as principais
atividades da Volks.
O presidente do sindicato
dos metalúrgicos
na Alemanha, o IG Metall,
Berthold Huber, defendeu
a lei durante os protestos.
“Na era da globalização e
do capitalismo de mercados
financeiros, precisamos de
mais democracia e não de
menos. Queremos participar
ativamente das principais
decisões da empresa”,
afirmou.
“Sem a lei, o caminho
estaria livre para a Porsche
dominar a Volkswagen”,
acredita Huber. “O conselho
administrativo e a direção da
Volks seriam meras marionetes
nas mãos da direção da
Porsche”, completa.
Montadora já foi estatal
A Volks foi criada
durante o governo nazista,
mas foi privatizada há 50
anos. A lei que a privatizou,
Lei Volks, como é
chamada no país, garantiu
os direitos dos trabalhadores
e reservou um bloco de
ações ao Estado da Baixa
Saxônia.
A Porsche, que é considerada
a empresa automobilística
mais rentável
do mundo, não esconde o
seu ódio pela lei e cobiça
os recursos da VW, que
emprega mais de 300 mil
trabalhadores no mundo,
e detém marcas como a
Audi, Lamborghini, Seat,
Skoda, controla a Scania e
muito mais.