Manifestantes protestam na Irlanda contra pacote de maldades
Manifestantes que protestaram contra as medidas econômicas adotadas pelo governo irlandês nesta quarta-feira (24) em Dublin, foram duramente reprimidos pelas forças de repressão do país. A Irlanda mergulhou também numa crise política, depois de o primeiro-ministro Brown Cowen aceitar os desígnios do FMI e da União Europeia, que retiraram a soberania financeira do país.
Brian Cowen é primeiro-ministro da Irlanda e o nome mais gritado à porta do parlamento de Dublin. Os manifestantes exigem a demissão imediata de Cowen e os protestos foram duramente reprimidos pelas forças policiais nas últimas 24 horas.
A imprensa irlandesa faz eco do descontentamento popular contra o plano de austeridade e a submissão ao FMI e à União Europeia.
O pedido de ajuda internacional provocou também uma crise política. Os Verdes que governam em coligação com o Fianna Fail, preparam-se para romper a aliança, logo depois da votação do orçamento de 2011, e do plano de austeridade para os próximos quatro anos.
A oposição trabalhista já pediu também a demissão do governo, e eleições antecipadas, enquanto o premiê se mantém irredutível na aplicação do pacote de maldades.
Demissão de 25 mil trabalhadores
Com o denominado Plano Nacional de Recuperação, o governo decreta a demissão de 24.750 funcionários públicos, cortes de um quinto dos investimentos sociais até 2014 e aumento de impostos generalizado, exceto para os setores mais ricos do país.
O Governo pretende embolsar 15 bilhões de euros até 2014 com as demissões. Cowen alega que o plano vai restaurar a “confiança pública” e mostrar que o país “tem “futuro”. As medidas pretendem reduzir o deficit de 32 por cento do PIB, incluída a dívida do sistema bancário, para três por cento.
Do Vermelho, com agências