Máquinas agrícolas: Com demissões, Centrais querem fim de ajuda oficial
As confederações de metalúrgicos da CUT e da Força Sindical podem pedir aos representantes dos trabalhadores no conselho do BNDES e no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) que se posicionem contra uma possível prorrogação do Moderfrota para 2006 e 2007.
Esse foi o recado do dia nacional de luta no setor na última quinta-feira, quando os trabalhadores protestaram contra as mais de 4 mil demissões dos últimos meses.
O Moderfrota é um programa público que desde 1999 empregou R$ 10 bilhões para o financiamento de máquinas e implementos agrícolas.
A paralisação teve como objetivo pressionar as empresas a iniciar negociações. Para os metalúrgicos, trata-se de cobrar a manutenção dos empregos como um compromisso social, principalmente por terem sido beneficiadas por verbas públicas. Segundo o secretário de organização da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Valter Sanches (foto), as empresas estão sendo precipitadas.
Apesar das vendas no mercado nacional terem caído 28,5% no primeiro bimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, as exportações subiram 19,2%.
Segundo a CNM-CUT, um estudo da Anfavea indica que há no País demanda por tratores até 2007 e a necessidade de R$ 5 bilhões anuais para o programa Mordefrota cumprir a renovação da frota atual.