Marcas chinesas apostam pesado em publicidade para ganhar visibilidade
No segundo semestre do ano passado o mercado começou a ver a entrada de veículos híbridos e elétricos de marcas chinesas que eram pouco conhecidas dos brasileiros. Mas, ao apresentar produtos com preços agressivos e apostarem pesado na publicidade, essas empresas deixaram concorrentes com mais tradição no Brasil comendo poeira.
Levantamento da Tunad, plataforma de inteligência de mídia, mostrou que em 2023 as fabricantes GWM e BYD – esta a partir de agosto – realizaram 6,7 mil inserções publicitárias na televisão aberta, na televisão paga e em rádios em São Paulo, sendo 96% delas em canais fechados. O ápice foi em setembro, quando 38% dos anúncios foram das duas marcas chinesas. Somente a BYD respondeu por 2,2 mil inserções, volume que superou o total da GWM, que teve seu maior volume em julho, 658.
De janeiro a fevereiro o movimento prosseguiu e, juntas, responderam por 8,1% das inserções do bimestre, que totalizaram 11 mil 998, sendo a BYD com 784 ou 6,5% do total e a GWM com 197 ou 1,6%. Ao todo as companhias investiram quase R$ 7 milhões, BYD com parcela de R$ 6,1 milhões e a GWM com R$ 852 mil, calcula a Tunad.
Em ranking elaborado pela plataforma durante o primeiro bimestre a BYD aparece atrás apenas da General Motors, patrocinadora do Big Brother Brasil, que aportou R$ 8,2 milhões com 971 inserções. Quanto à força-tarefa das chinesas para emplacarem seus veículos eletrificados o CEO da Tunad foi categórico ao lembrar que, embora a China hoje detenha nível de tecnologia extremamente alto, por anos o que chegava ao Brasil eram produtos copiados, de baixo custo e que quebravam rápido. Para superar este estigma investir em publicidade foi fundamental.
Da AutoData