Marcha a Brasília: Luta pela redução da jornada ganha a pauta política
A 4ª Marcha dos Trabalhadores, que ocorreu ontem em Brasília, conseguiu do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, o compromisso de colocar a redução da jornada de trabalho em debate na Casa. Ao presidente Lula, sindicalistas propuseram criação de grupo de trabalho para negociar as reivindicações.
Cerca de 30 mil manifestantes
participaram
ontem da 4ª Marcha a Brasília,
quando ocuparam a
Esplanada dos Ministérios
em caminhada, e entregaram
a pauta de reivindicações
aos presidentes da Câmara
Federal, Arlindo Chinaglia,
e do Senado, Tião Viana, e
ao presidente Lula.
Entre as reivindicações
da mobilização estão a redução
da jornada de trabalho
para 40 horas semanais,
limitação das horas extras,
mais e melhores empregos
e a defesa da seguridade
social.
Ao receber a pauta,
Chinaglia assumiu compromisso
de juntar todas as
propostas existentes sobre o
assunto na Câmara e promover
um intenso debate para
tentar superar as diferenças
de visão que existe entre os
deputados federais.
Além da redução da
jornada, as centrais sindicais
querem um combate mais
efetivo ao trabalho escravo
e trabalho infantil.
Com Lula – Recebidos pelo presidente
Lula, um grupo de
sindicalistas pediu a criação
de grupos de trabalho com
representantes de trabalhadores,
governo e empresários
para encontrar solução
às reivindicações apresentadas
no ato.
Estudos do Dieese
mostram que a redução da
jornada e a limitação das horas
extras, sem a diminuição
dos salários, abririam mais
de 2 milhões de postos de
trabalho.
Os sindicalistas também
avisaram que não querem
uma nova reforma na
Previdência Social. “Nós sabemos
como negociar e não
abriremos mão de nenhum
direito da Previdência”,
disse o presidente da CUT,
Artur Henrique.