Marcha das centrais e movimentos sociais ocupará Brasília em 6 de março

Trabalhadores do campo e da cidade apresentarão reivindicações à presidenta Dilma Rousseff

 

Roberto Parizotti

Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT

Os Metalúrgicos do ABC irão engrossar a Marcha a Brasília por Desenvolvimento, Cidadania e Valorização do Trabalho, organizada pela CUT e as demais centrais sindicais, que acontece no próximo dia 6.

Para o ex-presidente do Sindicato e secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, a manifestação será uma forte demonstração da unidade do povo brasileiro na luta por um País mais próspero, soberano e justo.

“A redução da jornada, o fim do fator previdenciário, que arrocha em até 40% os benefícios dos aposentados e pensionistas, o aumento dos recursos para a educação e a reforma agrária, que representa justiça no campo e alimento mais barato na cidade são nossas principais bandeiras neste ato”, afirmou Sérgio Nobre.

O secretário-geral destacou que a ampliação dos atuais 7% para o equivalente a 10% do PIB (Produto Interno Bruto) em investimentos em educação é necessária para o futuro da indústria e o desenvolvimento de novas tecnologias.

“Precisamos de um investimento profundo em educação e qualificação profissional para que os trabalhadores estejam preparados para ocupar funções nesta indústria do futuro”, afirmou.

40 horas e fator previdenciário
Segundo o dirigente, dois pontos estão entre os mais importantes para a categoria, a redução de jornada para 40 horas semanais – sem redução de salários – e o fim do fator previdenciário.

“Se o Brasil estabelecesse a redução da jornada, haveria um equilíbrio entre os metalúrgicos de vários pontos do País e diminuiriam as desigualdades regionais”, disse.

 “No caso do fator, sabemos que muitos trabalhadores poderiam já estar aposentados, mas não estão por conta do fator que reduz o valor dos recebimentos”, explicou Sérgio Nobre.   


Principais reivindicações
– Redução da jornada para 40 horas
– Fim do Fator Previdenciário
– Reforma agrária
– Combate à demissão imotivada
– Valorização das aposentadorias
– 10% do PIB para educação
– Combate à rotatividade


Carta à Dilma
As reivindicações dos trabalhadores do campo e da cidade que participarão do ato serão entregues, em uma carta, à presidenta Dilma Rousseff.

Durante encontro, realizado no início do mês com a CUT, ela se comprometeu a receber as lideranças sindicais e a pauta de reivindicação.

“A presidenta irá abrir negociações sobre os pontos da pauta e pediu 30 dias para concluir os estudos”, contou o ex-presidente do Sindicato e secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre. 

Também participarão do ato os movimentos sociais organizados, como estudantes e rurais.

Da Redação