Marcha reúne 10 mil

Mais de 10 mil participantes da terceira Marcha do Salário Mínimo se reuniram em ato realizado ontem, diante do Congresso Nacional, em Brasília. Hoje, representantes do movimento entregam ao governo, à Câmara Federal e ao Senado as reivindicações para reajuste de 20% no salário mínimo e 7,7% de correção na tabela do Imposto de Renda.

Marcha entrega pauta hoje

Depois de manifestação que reuniu cerca de 10 mil trabalhadores, representantes das centrais sindicais entregam hoje ao governo e ao Congresso a pauta para reajuste de 20% no salário mínimo e 7,7%  de correção na tabela do Imposto de Renda.

“Mais do que valores e índices, buscamos estabelecer uma política de valorização permanente do salário mínimo, que seja assumida como política de Estado, não de governo”, declarou Artur Henrique, presidente da CUT.

Ele ressaltou o efeito dinâmico deste reajuste sobre o conjunto da economia. “O aumento da renda gera mais consumo e aumenta a produção, impactando positivamente também na arrecadação em mais de R$ 9,6 bilhões, desde as contribuições para a Previdência aos tributos e na economia como um todo”, disse.

Quanto à tabela do Imposto de Renda, o presidente da CUT afirmou que se trata de uma questão de justiça social. “O governo FHC congelou a tabela para aumentar a arrecadação em cima dos assalariados. Com o reajuste de 7,7%, vamos repor a inflação que falta do governo Lula, garantindo mais dinheiro no bolso do trabalhador”, disse.

Rural – Já para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Manoel dos Santos, a luta pelo reajuste do mínimo unifica o conjunto dos trabalhadores. “É o principal instrumento de distribuição de renda para as classes sociais menos favorecidas”, ressaltou.

Segundo Santos, das três marchas realizadas até hoje essa é a melhor, mais forte e mais organizada. Ele calcula que a maioria dos trabalhadores rurais recebe com base no salário mínimo e 90% dos benefícios rurais concedidos pelo governo também estão a ele vinculados.