Marcha também consegue compromisso do Congresso

Depois de ter a garantia do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, de que o reajuste do salário mínimo será maior que o previsto no orçamento, os sindicalistas saíram ontem de Brasília com o compromisso do Congresso de reajuste na tabela do Imposto de Renda e unificação dos projetos de lei sobre redução da jornada de trabalho. Até dia 20, as centrais sindicais terão uma resposta, desta vez em audiência com o presidente Lula.

Os presidentes da Câmara Federal, Aldo Rebelo, e do Senado, Renan Calheiros, se comprometeram ontem com as centrais sindicais a instalar comissão para estudar uma política de recuperação do poder de compra do salário mínimo.

A comissão será criada na próxima semana e vai contar com a participação de representantes das centrais.

“É um avanço, mais uma conquista da marcha”, disse João Felício, presidente da CUT.

Em relação à reivindicação de redução da jornada de trabalho, o presidente da Câmara disse que existem vários projetos com esse tema tramitando na Casa.

Os representantes das centrais sindicais sugeriram a realização de um debate para que esses projetos sejam reunidos num só. Na pauta entregue aos presidentes consta também a correção da tabela do Imposto de Renda.

“A sinalização de apoio às nossas propostas confirma o sucesso da marcha”, disse o presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo.

Ele comentou que também foi bastante positivo o encontro de terça-feira com os ministros do Planejamento, do Trabalho, da Casa Civil e com o secretário-geral da Presidência da República.

Um novo encontro será marcado até o próximo dia 20 reunindo as centrais sindicais e o presidente Lula.

“Nesse encontro o presidente vai dar apoio às nossas reivindicações e também anunciar o valor do novo salário mínimo”, afirmou Feijóo.