Marinho defende R$ 320,00, pelo menos

O presidente nacional da CUT, Luiz Marinho, defendeu ontem que o salário mínimo seja fixado em pelo menos R$ 320,00 e que o reajuste venha acompanhado por uma política de recomposição de seu poder de compra para os próximos anos. “Precisamos definir o comportamento do mínimo para não ficar discutindo a mesma questão ano após ano”, afirmou.

O dirigente adiantou que a Marcha sobre Brasília em defesa do salário mínimo cobrará a adoção de uma política econômica do governo pois a CUT entende que o valor deste salário é um indicador da distribuição de renda do País.

Por isso, Marinho considera “inadmissível” que o governo Lula ainda não tenha definido uma política para o salário mínimo.

» Imposto de Renda

Marinho adiantou que a Marcha à Brasília também cobrará do governo o reajuste da tabela do Imposto de Renda. Mas frisou que só aceita discutir a correção se ela partir de um patamar de 17%. “Este percen-tual corresponde à inflação acumulada no governo Lula”, lembrou.

Como na questão do mínimo, o presidente da CUT quer a existência de uma legislação de correção do Imposto de Renda que perdure mesmo que mude o governo.

“Garantir uma política social aos trabalhadores é obrigação do governo, é honrar o compromisso assumido com a sociedade”, finalizou.