Marinho e ministra Nilcea Freire lançam programa “Mulheres Construindo Autonomia”

A ação é inédita no Grande ABC e capacitará 240 mulheres em situação de vulnerabilidade social para atuar na construção civil

As mulheres de São Bernardo do Campo deram um grande passo rumo à autonomia. Na tarde desta segunda-feira (22/2), o prefeito Luiz Marinho e a ministra Nilcea Freire, da Secretaria Especial de Política para Mulheres, da Presidência da República, lançaram durante seminário no auditório da Cidade da Criança o programa Mulheres Construindo Autonomia em São Bernardo do Campo. O projeto visa a formação gratuita de 240 mulheres em situação de vulnerabilidade social para atuar na área da construção civil.

Por intermédio da Assessoria de Políticas para as Mulheres e Questão de Gênero, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedesc), a Administração sai na frente na região com essa iniciativa, que segue a diretriz da Secretaria Especial de Política para Mulheres, da Presidência da República.

Para o chefe do Executivo, o programa consolida a principal bandeira do governo de São Bernardo, a de promover a inclusão social em todos os segmentos. Marinho também agradeceu a ministra por escolher São Bernardo para implantar esse projeto, que já acontece em alguns municípios do Brasil. “O lançamento desse programa é apenas um dos frutos que começamos a colher, após percorrermos um longo caminho em relação à construção de políticas públicas para as mulheres, idosos, deficientes e crianças. Espero que em breve possamos ampliar o número inicial de 240 vagas para muitas outras turmas. Tenho certeza de que não apenas as mulheres vão agradecer, mas principalmente suas famílias”, afirmou Marinho. O prefeito também reforçou a importância da parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon), além do interesse de empresários do ramo da construção em investir nas futuras pedreiras.

A contribuição profissional e cidadã das mulheres atendidas pelo programa no desenvolvimento municipal e regional é uma das principais metas, segundo Nilcea Freire. “Tive a oportunidade de assistir à aula inaugural do projeto em Canoas, no Rio Grande do Sul, e depois acompanhamos o resultado nessa cidade, onde todas as alunas estão empregadas. Tenho certeza de que aqui em São Bernardo essa ação será extremamente exitosa e que o município contará com grandes parceiros do setor para a inserção dessas mulheres no mercado de trabalho. Esse programa quebra preconceitos e significa que as políticas públicas para as mulheres estão tendo a possibilidade de acontecer em todo o país”, sublinhou.

Presente no seminário, Patrícia Braga de Jesus, uma das primeiras alunas a se capacitar como pedreira por meio do programa em Canoas, no Rio Grande do Sul, disse que o curso mudou totalmente a sua vida. Em apenas um ano após a conclusão do curso, a jovem, que é separada e mãe de dois filhos, conquistou sua independência financeira.

Em São Bernardo, a iniciativa contará com R$ 276 mil em recursos federais e apoio das secretarias de Educação, Habitação e Desenvolvimento, Trabalho e Turismo. A Prefeitura entra com a organização e o espaço físico para a promoção do curso. A ação integra as ações prioritárias do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, e está articulada com as iniciativas do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência Doméstica.

Para o andamento do curso, a Administração buscará parceria de organizações de mulheres e moradoras do município; sindicatos empresariais e de trabalhadores e empresários do ramo; gestores públicos; lideranças políticas; entidades de apoio ao cooperativismo e empreendedorismo, entre outros segmentos que possam participar ou apoiar iniciativas para a autonomia das mulheres.

Além dos conteúdos técnicos, como assentamento de tijolos, blocos, pisos e azulejos, reboco, pintura e texturização e pintura, as alunas receberão noções de direitos humanos, cidadania, direitos e segurança no trabalho, meio ambiente, empreendedorismo e associativismo e ampliação da escolaridade, entre outros temas com foco na inclusão social e independência feminina.

Podem se inscrever candidatas acima de 16 anos, com baixa renda, sem qualificação profissional, desempregadas, com renda familiar até dois salários mínimos e em situação de vulnerabilidade social.

A entrega das fichas de inscrição, que começaram a ser distribuídas após o lançamento do programa pode ser efetuada até o dia 15 de março. A lista das candidatas selecionadas será publicada no dia 26 de março nos mesmos locais da entrega das fichas de inscrição. Durante as aulas, que terão 216 horas, as futuras pedreiras receberão vale-transporte e lanche.

 

Locais de entrega das fichas de inscrição:

 

Centro de Treinamento Profissional

Rua Barretos, 217 – Baeta Neves

 

UBS Jardim Silvina

Rua Marquês de Barbacena, 85 – Jardim Silvina

 

UBS Rudge Ramos

Rua Londrina, 345 – Rudge Ramos

 

UBS Alvarenga

Estrada dos Alvarengas, 1099

 

Serviço de Atenção à Mulher – SAM

Rua Anunciata Gobbi, 181 – Vila Euclides

 

CRAS Batistini

Estrada Galvão Bueno, 5142 – Batistini

 

CRAS Vila do Tanque

Rua Tiradentes, 1555

 

CRAS Riacho Grande

Rua Marcílio Conrado, 360

 

CRAS Alves Dias

Rua Lázaro Zamenhof, 100

 

Sedesc

Avenida Redenção, 271 – Centro

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