Mazda sai da Rússia após vender operação por 1 euro
Assim como outros fabricantes ocidentais ou aliados dos EUA e União Europeia, a Mazda sai do mercado russo oficialmente, após resistir muito, buscando uma alternativa para ficar. Como não há garantia do que acontecerá com as relações futuras da Rússia a curto e médio prazo, a Mazda não teve opção em se retirar, seguindo caminho de vários fabricantes internacionais.
Sócia da russa Sollers, a Mazda teve que entregar sua participação de 50% por apenas um euro, um valor simbólico para que o negócio fosse fechado dessa forma. Mesmo que não houvesse pressão de Tóquio e dos aliados ocidentais para sua saída da Rússia, a Mazda não teria como sobreviver no país com o embargo imposto pela maioria dos países. Com a crise dos chips e de outros suprimentos automotivos ainda em alto nível, o embargo ao mercado russo só tornaria a operação um retumbante prejuízo por um longo período.
Diferente de outras marcas mais populares, a Mazda se deu bem na Rússia, atingindo 1,8% de market share com uma operação enxuta. Outro ponto que chama atenção e que poderá dar algum crédito aos russos quando as relações forem restabelecidas é que a Mazda firmou um acordo com a Sollers, uma empresa privada, garantindo a recompra da participação após um período de três anos e pelo mesmo valor.
Sobre a cláusula, é possível que a Sollers cumpra sua parte no acordo, mas o prazo de três anos pode ser muito otimista, já que a Guerra da Ucrânia continua sem um desfecho, mesmo após a retirada russa de Kherson. Ford e Nissan fizeram o mesmo tipo de acordo para retornar ao mercado russo quando o embargo for retirado, ainda um tema para o futuro. Com fábrica na longínqua Vladivostok, geograficamente bem mais próxima de Tóquio que de Moscou, a Mazda terá um prejuízo de € 80 milhões com a saída da Rússia.
Do Notícias Automotivas