Medida equivocada: Marinho critica alta de juros
Na primeira reunião que tratou do assunto no governo Lula e com Henrique Meirelles na presidência do Banco Central, o BC decidiu ontem elevar a taxa de juros da economia brasileira em 0,5%. Os juros permanecerão em 25,5% até fevereiro, quando haverá novo encontro. Só na próxima semana sairão as informações oficiais sobre a medida.
A decisão não agradou o presidente do Sindicato, Luiz Marinho. “Foi uma medida equivocada. Em minha avaliação, havia condições dos juros caírem em vez de serem aumentados. Se o governo achasse que não dava para diminuir, no limite deveria ter mantido a taxa no patamar em que estava. Nunca aumentá-la”, disse o dirigente.
Marinho acrescentou que na próxima vez que encontrar o ministro Antonio Palocci fará questão de comentar com o titular da Fazenda o equívoco que o governo cometeu ao aumentar os juros. O BC é subordinado a Palocci.
As críticas feitas por Marinho não são novas. Os metalúrgicos do ABC defendem que novos empregos só podem ser gerados quando há crescimento econômico e isso é impossível com a taxa de juros em alta como a brasileira.
A CUT Nacional também criticou a medida. “Por princípio, sempre fomos e continuaremos sendo contrários ao aumento dos juros. Para nós da CUT, elevação de juros significa desemprego e estagnação econômica”, disse o presidente da central, João Felício.
Foto: Radiobrás