Medo do desemprego diminui entre brasileiros, indica CNI

O brasileiro continuou preocupado com o desemprego no terceiro trimestre deste, mas em menor medida que no segundo trimestre. No mesmo período, sua satisfação com a vida melhorou ligeiramente. É o que mostra a pesquisa “Termômetros da Sociedade Brasileira”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta quarta-feira.

De acordo com a pesquisa, o medo do desemprego aumentou 1,7% no terceiro trimestre de 2013 em relação ao período entre abril e junho. O avanço, contudo, é menor que a alta de 3,3% registrada no período de abril a junho. Além disso, a CNI destaque que o índice continua em um patamar muito baixo. Está 3,7% menor do que o do mesmo período do ano passado.

De qualquer forma, o brasileiro segue preocupado. “O aumento do medo do desemprego [entre o segundo e o terceiro trimestres] é efeito do desempenho da economia, que não dá sinais de crescimento mais robusto”, avaliou, em nota, o gerente executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

De acordo com a pesquisa, o medo do desemprego é maior entre as pessoas com renda de até um salário mínimo. Nessa faixa da população, o índice aumentou o índice aumentou 4,7% em setembro na comparação com junho.

Já o Índice de Satisfação com a Vida, que também compõe a divulgação trimestral dos Termômetros da Sociedade Brasileira, cresceu 0,3% entre o segundo e o terceiro trimestre de 2013.

A relativa estabilidade interrompeu três quedas consecutivas na satisfação com a vida do brasileiro.

A evolução desse índice foi bastante diferenciada de acordo com a renda familiar dos entrevistados, informa a CNI. Para as pessoas com renda entre cinco e dez salários mínimos, a satisfação com a vida aumentou 4,1%. Para quem ganha menos de um salário mínimo, o índice caiu 2,1%.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios no período de 14 a 17 de setembro.

Do Valor Econômico