Mensalistas na Scania protestam contra proposta
"Os companheiros ficaram indignados", relatou Daniel Calazans, coordenador do Sistema Único de Representação SUR) na Scania. "Por isso decidiram aumentar sua mobilização e se integrar cada vez mais na luta da categoria na campanha salarial deste ano"
Cerca de 800 trabalhadores das áreas mensalistas na Scania, em São Bernardo, interromperam suas atividades por duas horas, nesta sexta-feira (11), e realizaram uma assembleia diante da portaria 1 da fábrica, em protesto contra a proposta de reajuste feita pelas montadoras ao pessoal mensalista, na última quinta-feira.
“Os companheiros ficaram indignados”, relatou Daniel Calazans, coordenador do Sistema Único de Representação SUR) na Scania. “Por isso decidiram aumentar sua mobilização e se integrar cada vez mais na luta da categoria na campanha salarial deste ano”, disse.
A proposta patronal congela salários, pois aplica apenas o índice inflacionário escalonado, mesmo assim só até determinado teto. A partir daí seriam criados novos tetos, também escalonados, por faixa salarial. Como o INPC fechou em 4,44%, o reajuste do último teto seria de apenas 0,44% (10% da inflação).
Revoltados com essa proposta, os mensalistas destacaram na assembleia que também são parte do processo produtivo e respondem por boa parte do valor agradado do produto final. Assim, sentem-se discriminados pelos patrões ao receberem uma proposta como a feita pelas montadoras.
“Uma proposta como essa só desmotiva companheiros que suam a camisa todos os dias”, afirmou o coordenador do SUR.
Luta interna
Os mensalistas aproveitaram a assembleia para aprovar uma pauta permanente de melhoria das condições de trabalho e salário na Scania. “O pessoal quer respeito profissional, salários dignos e trabalho decente”, concluiu Calazans.
Da Redação