Mentiras sobre a proposta

É mentira que a reforma vai atacar direitos

Na verdade, a reforma sindical trata apenas da forma como os sindicatos serão organizados e não mexe em direitos (férias, 13º etc). Só depois de votada a reforma sindical é que será discutida a reforma trabalhista.

É mentira que as centrais terão superpoderes
Na verdade, as centrais apenas terão reconhecimento oficial para poder comandar negociações de interesse nacional, como a correção da tabela do Imposto de Renda e a redução da jornada de trabalho, por exemplo. Sindicato, federação e confederação continuam com liberdade para atuar e negociar. 

É mentira que o direito de greve será restringido
Na verdade, os atos praticados pelos patrões para impedir o exercício de greve é que passarão a ser punidos como práticas anti-sindicais. A Justiça do Trabalho não poderá acabar com a greve como é hoje. 

É mentira que o imposto sindical ficará mais caro
Na verdade, o imposto sindical e demais contribuições obrigatórias vão acabar. Hoje, os trabalhadores podem ter que pagar até 34% do salário anual. Com o fim das contribuições obrigatórias e a instituição de uma contribuição de negociação discutida em assembléia, o percentual poderá chegar no máximo a 13%.

É mentira que a reforma vai dividir os sindicatos
Hoje, a unicidade é uma imposição da lei e o resultado é a existência de quase 20 mil sindicatos, grande parte deles só para embolsar o imposto sindical. O novo modelo de liberdade sindical levará à unidade dos trabalhadores por vontade própria e os sindicatos de gaveta, que só recolhem impostos, vão desaparecer.

É mentira que ela crie atrelamento ao Estado
Ao contrário, as decisões referentes às relações sindicais serão tomadas pelo CNRT, que é um órgão tripartite (governo, trabalhadores e empresários).

É mentira que inviabiliza o dissídio coletivo
Hoje, o processo de negociação coletiva pode ser substituído pelo dissídio, com a interferência da Justiça do Trabalho. Isso não permite avançar nos direitos e serve apenas para manter os sindicatos sem representatividade, pois basta entrar com o pedido de dissídio para resolver uma campanha salarial. Com o fim do poder normativo, os sindicatos terão que obrigatoriamente procurar a negociação coletiva, fortalecendo as entidades.